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Sal iodado: você sabe por quê?

Anvisa recolhe produto por conta do baixo índice do nutriente na sua composição

O sal sempre está nos assuntos de alerta. Mas alguns de seus componentes, se bem administrados, fazem bem a saúde – um deles é o iodo. Nutriente incluído no alimento desde a década de 50, no Brasil. E foi exatamente pela concentração do composto, que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a distribuição, a venda e o uso do lote 22992 de sal da marca Carrefour. Sendo assim, vamos entender o que é sal iodado e sua função.

De acordo com a agência, o recolhimento do produto foi determinado depois de um laudo de análise do Instituto Adolfo Lutz – o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do Estado de São Paulo. No lote, o sal apresentou “resultado insatisfatório para o teor de iodo (abaixo do limite estabelecido)”.

Em nota, a Carrefour declarou que são realizadas análises recorrentes de todos os produtos da marca própria e que, o lote citado, durante inspeção em maio deste ano, não apresentou um teor inadequado de iodo. A empresa já determinou a retirada do lote e está apurando os fatos.

Mas você sabe por que tem iodo no sal?

Foto:Reprodução/Internet

O iodo é um mineral utilizado na síntese dos hormônios produzidos pela glândula tireoide. De acordo com dados oficiais do Ministério da Saúde, nos anos 50, aproximadamente 20% da população apresentava Distúrbio por Deficiência de Iodo (DDI).

A deficiência desse nutriente pode provocar problemas na tireoide, como o bócio (aumento do volume da glândula), e afetar o desenvolvimento físico e intelectual de crianças.

Após cerca de seis décadas de intervenção, se observa redução na prevalência de DDI no Brasil (20,7% em 1955; 14,1% em 1974; 1,3% em 1994; e 1,4% em 2000).

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O que diz a lei

A resolução nº 604/2022 determina um teor mínimo de 15 mg de iodo por kg de sal, e máximo de 45 mg/kg. No caso do Carrefour, o lote analisado não alcançou o valor mínimo.

Outros alimentos também utilizam essa estratégia de enriquecimento. A mesma resolução também obriga a inclusão de ferro e ácido fólico nas farinhas de trigo e de milho.

Sobre o sal: vilão ou mocinho?

Nem um nem outro, a orientação é: equilíbrio. Na dose recomendada, o sal é, inclusive, benéfico, controlando os fluidos corporais, assim como regulando o ritmo cardíaco, o volume de sangue, a transmissão de impulsos nervosos e as contrações musculares. Mas sendo assim, onde está o perigo?

Sal e sódio

Foto:Reprodução/Internet

O sal de cozinha é um alimento composto de sódio, cloro e fortificado com iodo. O sódio, propriamente dito, é um nutriente que corresponde a 40% da composição do sal de cozinha – e aqui é que precisamos ficar atentos aos exageros.
A Organização Mundial de Saúde sugere para uma pessoa saudável uma ingestão diária de 2 gramas de sódio e não menos do que 500 mg diariamente. Como falamos – equilíbrio. Isso corresponde a mais ou menos 5 colheres rasas de café. Lembrando que o sódio (e o sal) está presente em vários alimentos.

Apesar de diferentes produtos nas prateleiras, a diferença da concentração entre eles é muito pequena. Somente o sal denominado light apresenta redução no teor de sódio. Converse com seu médico ou nutricionista.

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Porque precisamos estar alertas ao consumo de sal

Um levantamento da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), em 2020, identificou que os brasileiros estão ingerindo o dobro do determinado pela OMS – e média 9,34 gramas de sal por dia. E os excessos são muito perigosos – eles estão associados às doenças cardiovasculares e à hipertensão. E para ter uma ideia, a hipertensão, hoje, está presente em 28% dos adultos brasileiros.

Como podemos controlar?

Foto:Reprodução/Internet

Além de parcimônia na cozinha temperando os pratos, nossa amiga rotulagem pode nos ajudar nesta tarefa. Sim, nas porções da tabela de valor nutricional encontramos a concentração de sódio. Empenhe-se em observar e administre a ingestão – vale a pena.

Além disso, a nova rotulagem em vigor desde outubro do ano passado, determina o alerta para os alimentos ricos em sódio – uma lupa na frente dos produtos colabora com o controle. A lupa é incluída nos alimentos processados da seguinte forma:

sólidos ou semissólidos, quantidade maior ou igual a 600 mg de sódio por 100 g do alimento;

líquidos, quantidade maior ou igual a 300 mg por 100 ml.

Por: Redação Proteste

Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

Instituto Adolfo Lutz – o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do Estado de São Paulo

Ministério da Saúde

Organização Mundial de Saúde

Pesquisa Nacional de Saúde (PNS),

Transcrito: https://minhasaude.proteste.org.br/sal-iodado-voce-sabe-por-que/

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