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Vitamina D baixa? Veja sintomas, riscos e níveis ideais

O hormônio é essencial para o organismo humano, e mantê-la na quantidade adequada garante diversos benefícios. Médica endocrinologista explica

Cuidar do bem-estar é uma forma de prevenir doenças e aumentar a longevidade. Por isso, ficar de olho em alguns indicadores de saúde é essencial. Um desses indicadores é a vitamina D, hormônio presente no organismo. O micronutriente atua de maneira efetiva no funcionamento do sistema imunológico e tem, entre suas funções, ajudar na absorção de cálcio e equilibrar os níveis de açúcar no sangue. Além disso, a deficiência do hormônio afeta a função muscular, a capacidade regenerativa muscular, a saúde óssea e até mesmo a função cardiovascular, interferindo na saúde e no desempenho esportivo. Mas qual é o nível ideal da vitamina D no organismo? Quando suplementar? Quais os riscos da falta e do excesso?

Níveis ideais

O sol é o fator mais importante para metabolização da vitamina D. — Foto: Reprodução/Internet

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) define os níveis ideais de vitamina D da seguinte forma:

– Acima de 20ng/mL para indivíduos jovens saudáveis;

– Acima de 30 ng/mL para idosos, gestantes, lactantes, pacientes com osteoporose, histórico de quedas e/ou fraturas, hiperparatireoidismo, raquitismo/osteomalácia, síndromes de má absorção, doenças autoimunes, doenças inflamatórias e doença renal crônica.

– Não ultrapassar o valor de 60 ng/mL.

Esses níveis são medidos em exames de sangue de rotina.

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Como alcançar esses patamares?

Existem três formas de ajudar a repor a vitamina D e manter os níveis adequados:

1- Exposição ao sol

A rotina de exposição diária ao sol pode ser um excelente começo. Isso porque aproximadamente 90% da vitamina D é sintetizada pela exposição da pele ao sol. A princípio, para que o processo de metabolização da vitamina inicie, é necessário expor ao sol partes do corpo como braços, costas, pernas e peito por alguns minutos. Normalmente, 20 minutos diários já bastam.

Logo após ser absorvida, ela é armazenada nas camadas mais profundas da nossa pele, onde está localizada a substância responsável pela ativação da vitamina.

– O sol é o fator mais importante para metabolização da vitamina D. Os estudos mostram que a maior incidência de raios solares UVB acontece ao meio dia, e que quinze a vinte minutos por dia são suficientes. Porém, sabemos que algumas pessoas não são aconselhadas a se expor ao sol nesse período, por isso, podemos utilizar o sol da manhã, entre oito a dez horas – explica Lívia Marcela, médica endocrinologista, doutora e mestre pela Unifesp, atualmente no cargo de preceptora de Doenças Osteometabólicas na Santa Casa.

2 – Alimentação

Infelizmente, a vitamina D disponível nos alimentos é bem baixa e se nós dependêssemos somente dela, dificilmente conseguiríamos as quantidades suficientes para suprir nossas necessidades. Dito isso, alguns alimentos, como salmão, leite de vaca e derivados e cogumelos comestíveis, são boas fontes de vitamina D quando consumidos em grande quantidade, e podem dar uma contribuição na busca pelos níveis ideais do micronutriente no organismo.

– Nenhum alimento consegue suprir a necessidade diária de vitamina D. Alguns países têm adição de vitamina D em alimentos, como Finlândia. Como no Brasil quase não temos alimentos enriquecidos com vitamina D, utilizamos suplementação por comprimidos quando há necessidade – acrescenta a endocrinologista.

3 – Suplementação

O suplemento de vitamina D serve para suprir a necessidade desse nutriente em casos onde as fontes naturais ou a sua absorção são dificultadas. Em geral, obter a vitamina D exclusivamente por meio da dieta não é tarefa fácil e o suplemento de vitamina D pode ser considerado como uma solução viável.

– Devemos suplementar apenas indivíduos que estão abaixo da meta da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) – salienta Lívia.

Pessoas que trabalham em ambientes fechados, usam roupas que cobrem a maior parte da pele ou não têm o costume de sair de casa apresentam mais dificuldade de usar os raios solares para estimular a produção natural desse nutriente e podem ser candidatas à suplementação.

Como evitar a superdosagem?

A suplementação de vitamina D deve ser feita com acompanhamento médico, mas pode ser importante para regularizar os níveis de testosterona — Foto: Reprodução/Internet

Se falta de vitamina D é ruim, o seu excesso também é. Níveis muito altos do nutriente podem levar ao acúmulo de cálcio, podendo resultar em problemas renais e cardíacos, além de ter efeito contrário na saúde dos ossos, enfraquecendo sua formação. Com isso em mente, a maneira correta de suplementar vitamina D é seguindo as orientações do seu médico.

Lívia explica que a vitamina D somente ultrapassa o limite estabelecido pela SBEM (acima de 100 ng/mL) com o uso de medicamentos.

– Por essa razão, é fortemente recomendável o acompanhamento médico. A superdosagem não traz benefícios extras ou proporcionais, pelo contrário, pode trazer malefícios, como a intoxicação, por exemplo – ressalta.

No caso da intoxicação por vitamina D, a consequência é a hipercalcemia, que pode alterar o ritmo cardíaco. Vale ressaltar que o aumento da excreção de cálcio urinário gera maior risco de nefrolitíase ou pedras nos rins.

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Importância da vitamina D

A vitamina D é de fundamental importância para o correto funcionamento do organismo humano, em especial para a saúde dos ossos e dos músculos. Confira alguns dos seus principais benefícios:

– Promove a absorção de cálcio no intestino;

– Auxilia na manutenção de ossos e dentes saudáveis;

– Previne fraturas;

– Estimula a absorção de fosfato e magnésio;

– Controla os níveis de insulina e ajuda na gestão da diabetes;

– Aumenta a imunidade;

– Ajuda a reduzir inflamações;

– Faz bem para o funcionamento do cérebro;

– É essencial para a manutenção de processos metabólicos;

– Os receptores de vitamina D nas células de defesa exercem um papel de imunidade, mas não são os únicos fatores que determinam a imunidade de uma pessoa. Ressalta-se que, não existem estudos que correlacionam a imunidade com o nível de vitamina D, até porque, se esse nível for superior ao limite estabelecido pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia, pode trazer malefícios. – explica Lívia.

Riscos e sintomas

De qualquer forma, a falta de vitamina D é um risco para a saúde, podendo resultar em:

– Má formação dos ossos;

– Dores musculares e nos ossos;

– Maior chance de osteoporose e doenças similares;

– Sensação de fadiga e mau-humor;

– Baixa imunidade;

– Maior propensão a ficar doente;

– Queda de cabelos;

– Dificuldade de cicatrização;

– Aumenta o risco de depressão.

Fatores de risco

As consequências dessa carência vitamínica podem ir muito além de uma simples queda na imunidade ou da sensação de fadiga muscular. Correm maior risco para desenvolver deficiência desta importante vitamina os seguintes grupos:

– Indivíduos que se expõem pouco ao sol, por exemplo: os que moram em locais com inverno mais rigoroso e longo; idosos acamados que são pouco mobilizados e expostos adequadamente ao sol;

– Idosos, mesmo que se expondo ao sol, pois a pele envelhecida produz menos vitamina D;

– Quem usa roupas que mantêm a pele excessivamente coberta;

– Obesos mórbidos;

– Lactentes recebendo amamentação exclusiva.

Somente um médico endocrinologista ou nutricionista poderá indicar qual a melhor forma de repor a vitamina D, pois essa escolha depende de diversos fatores individuais, como níveis séricos de vitamina D do paciente, estilo de vida e outros fatores.

Por: Maria Sarah, para o Eu Atleta — São Paulo

Fonte: Lívia Marcela é médica endocrinologista, doutora e mestre pela Unifesp, atualmente no cargo de preceptora de Doenças Osteometabólicas na Santa Casa

Transcrito: https://ge.globo.com/eu-atleta/saude/reportagem/2023/03/16/c-vitamina-d-baixa-veja-sintomas-riscos-e-niveis-ideais.ghtml

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