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Macarrão: você sabe identificar os diferentes tipos?

Sêmola com ou sem ovos, grano duro ou integral: afinal, qual a diferença entre os vários tipos de massa?

O macarrão é um alimento consumido das mais variadas formas, por toda a população brasileira. Em função das diferentes composições e dos diversos formatos (tais como espaguete, penne ou fettuccine, entre outros), é possível encontrar no mercado várias denominações de venda – mesmo que todas elas sejam derivadas do trigo.

Além dos formatos distintos, a matéria-prima utilizada na produção pode ser diferente. Existe a massa conhecida como Grano Duro, que é produzida a partir de derivados do trigo duro, e a de sêmola, derivada a partir do trigo mole. Esta última, pode conter ou não ovos em sua composição. Dentro dessa classificação, ainda encontramos as massas secas integrais, que são preparadas com a farinha de trigo integral, contendo, assim, mais fibras em sua composição.

Grano Duro contém mais proteínas, mas é menos consumido pelos brasileiros

Segundo Fernanda Taveira, especialista da Proteste, as farinhas derivadas do trigo duro (Trigo durum) e mole (Trigo aestivum), possuem características específicas quanto à composição do grão. “A dureza distingue o teor de proteínas, que é maior nos grãos mais duros, ou seja, aqueles macarrões provenientes do trigo duro tendem a ter um pouco mais de proteínas do que a massa de sêmola”.

Entretanto, os macarrões de trigo mole são os mais consumidos pelos brasileiros e o trigo duro ainda é pouco empregado para a produção de massas. “Os fatores que limitam sua produção no Brasil são a contaminação do solo por alumínio e as condições climáticas, como a excessiva umidade relativa do ar no período do plantio”.

Sêmola e sêmola com ovos: tem diferença?

Além da farinha de trigo, a formulação do clássico macarrão, chamado de sêmola, leva água. “A versão de sêmola com ovos passa pelo mesmo processo do macarrão de sêmola, mas além da farinha de trigo e da água, possui a adição de ovos de galinha, que conferem a cor amarela e melhoram a elasticidade, especialmente para massas longas, além de aumentar o valor nutricional”, diz Fernanda.

“Vale ressaltar que o uso de corantes é permitido por lei, como urucum e o betacaroteno. Em seguida, o macarrão passa por um processo de secagem que permite um grande prazo de validade”, diz a especialista.

Definição da Anvisa

Mas não é apenas o tipo de trigo que define a composição do macarrão. Para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o macarrão (qualquer que seja o formato) é uma massa alimentícia obtida a partir da farinha de trigo e/ou derivados de trigo durum e/ou derivados de outros cereais, leguminosas, raízes e/ou tubérculos, resultantes do processo de empasto e amassamento mecânico, sem fermentação.

A agência reguladora destaca, ainda, que as massas podem ter adição de outros ingredientes, acompanhadas de complementos isolados ou misturados, desde que não descaracterizem o produto. As variedades de macarrão podem ser apresentadas secas, frescas, pré-cozidas, instantâneas ou prontas para o consumo, em diferentes formatos e recheios.

Massas secas ou frescas?

De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Massas Alimentícias (Abima), as massas secas estão na dianteira do consumo, com uma parcela de 84,7% do mercado, e são as que possuem maior versatilidade. Em seguida, despontam a massa instantânea, com 9,9%, as massas prontas, com 2,8%, as frescas, com 2,4%, e as semi-prontas, com 0,2%.

“Das massas secas, o espaguete é o mais consumido por todos”, ressalta Fernanda. A PROTESTE testou, em outubro deste ano, 16 lotes de macarrão do tipo espaguete disponíveis no mercado. Descubra se o macarrão que você compra é de excelente qualidade!

Segundo a última Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) (2017/2018), o mais amplo levantamento sobre consumo e hábitos domésticos das famílias no país, a frequência de consumo de macarrão e preparações à base de macarrão pelo brasileiro se manteve nos últimos dez anos (18,5%), sendo maior pelos homens (19,7%) do que pelas mulheres (17,4%). Ainda que esse consumo tenha se mantido, a Abima projeta ainda um aumento de 4,3% ao ano no volume de macarrão consumido pelo segmento e, em cinco anos, alta de 9,5%.

Macarrão não atrapalha a dieta, se consumido com moderação

Por ser uma fonte de carboidratos, muitos consumidores consideram o macarrão como um vilão da dieta. “Mas não há problemas em inserir o macarrão no planejamento alimentar, mesmo que a pessoa precise perder peso. O nosso corpo precisa de carboidratos”, diz Fernanda.

“A recomendação do consumo de carboidratos é de 50-60% do valor calórico total que você necessita ao longo do dia. Por exemplo, se você precisa consumir 2000 Kcal por dia, são necessários 1000-1200 Kcal de carboidratos para o equilíbrio do organismo. Ou seja, se levar em consideração que cada grama de carboidrato corresponde a 4 kcal, é necessário o consumo entre 250 g e 300 g/dia. São os carboidratos que nos fornecem energia e auxiliam no bom funcionamento do sistema nervoso. Assim, se não for consumido em excesso, não há motivos para deixar de incluir o macarrão no cardápio”, recomenda a especialista.

“No entanto, deve-se ter atenção aos molhos que o acompanham. Evite os brancos ou que contenham muita gordura, ou ainda com adição de linguiça e o bacon. Estes não são recomendados, pois elevam o risco de doenças cardiovasculares e obesidade. Vale ressaltar que a restrição de carboidratos na dieta, sem orientação adequada de um nutricionista, pode causar enxaquecas, tremores pelo corpo e fraqueza”, orienta Fernanda.

Segundo a nutricionista, há vários motivos para incluir o macarrão no cardápio, confira:

– o produto é fonte de energia, por ser rico em carboidratos;

– é pobre em gorduras;

– é prático de preparar e não contém sódio, como os macarrões instantâneos;

– combina com vários tipos de molhos, carnes e vegetais;

– pode ser consumido em todas as estações do ano, seja em pratos quentes ou frios;

– é possível fazer receitas caseiras simples e pratos mais elaborados;

– o sabor agrada a todos os públicos

– possui grande aceitabilidade entre o público infantil.

– os preços são acessíveis e de ótimo rendimento;

– disponível em todas as regiões do país;

– apresenta inúmeros formatos e variação de cores.

Por: Redação Proteste

Fonte: Fernanda Taveira, especialista da Proteste

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

Associação Brasileira da Indústria de Massas Alimentícias (Abima),

Transcrito: https://minhasaude.proteste.org.br/macarrao-voce-sabe-identificar-os-diferentes-tipos/

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