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Como usar o IMC para ajudar na avaliação da composição corporal?

Nutricionista Cris Perroni explica que quantificar massa de gordura e massa magra é fundamental, além de analisar estilo de vida, exames laboratoriais, histórias clínica e alimentar, prática esportiva

O IMC não deve ser o único critério para avaliar o seu peso e sua saúde. O índice de massa corporal (IMC) é muito utilizado por profissionais de saúde para avaliar o estado nutricional e o risco de mortalidade em uma população. Ele é a calculado pelo peso (em kg) dividido pela altura ao quadrado (em metros). Entretanto, para acompanhamento individual é um método limitado porque não diferencia sexo, composição corporal e o local de distribuição da gordura corporal. A localização da gordura corporal tem grande impacto na saúde: o aumento da gordura visceral (aumento da circunferência do abdômen) tem maior correlação com doenças cardiovasculares, hipertensão, esteatose hepática e diabetes.

Analisar o IMC sozinho é muito restritivo: ele deve ser apenas uma das ferramentas à disposição do médico ou nutricionista – Foto: Reprodução/Internet

Outro erro que pode ocorrer: pessoas com maior proporção de massa muscular são avaliadas, em termos de IMC, da mesma forma que pessoas com menor proporção de massa muscular. Dessa forma, ambas podem ser avaliadas com excesso de peso, mas a com mais massa muscular não tem risco de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis como outro indivíduo com o mesmo IMC mas pouca massa muscular. Isso porque a com mais massa tem menor proporção de gordura.

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Para avaliação mais precisa, é preciso haver avaliação da composição corporal para quantificar massa de gordura e a massa livre de gordura ou massa magra (água, órgãos, músculos e ossos).

Classificação do IMC de acordo com a OMS (para adultos)

Foto: Reprodução/Internet

– IMC menor qie 18,5 kg/m² – Baixo peso

– IMC entre 18,5 kg/m² e 24,9 kg/m² – Peso adequado (eutrofia)

– IMC entre 25 kg/m² e 29,9 kg/m² – Sobrepeso

– IMC entre 30 kg/m² e 34,9 kg/m² – Obesidade grau 1

– IMC entre 35 kg/m² e 39,9 kg/m² – Obesidade grau 2

– IMC maior que 40 kg/m² – Obesidade extrema

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Exemplo: para saber o IMC de uma pessoa de 80 kg e 1,72m de altura, deve-se calcular o quadrado de 1,72 e, em seguida, dividir 80 por esse valor (80 /2,9584), obtendo resulta do igual a 27kg/m², sendo classificado com sobrepeso.

Diagnóstico

Foto: Reprodução/Internet

Em consultório, são utilizados adipômetro e bioimpedância elétrica para determinação do percentual de gordura corporal.

Na bioimpedância elétrica, para ter resultado fidedigno, o indivíduo deve realizar um protocolo:

– Não praticar exercício físico nas 24h anteriores;

– Não se alimentar 4 horas antes;

– Não ingerir bebida alcoólica 48 horas antes da avaliação;

– Não usar alguns medicamentos/suplementos: diuréticos, corticóides, cafeína;

– Mulheres não podem estar no período menstrual;

– Urinar antes do teste.

O uso de trena ou fita métrica também deve ser utilizado para medição de circunferências e da localização da gordura corporal.

Para uma avaliação global da saúde e propor estratégias nutricionais é preciso, durante a consulta, avaliar ainda o estilo de vida, exames laboratoriais, história alimentar, prática esportiva e história clínica.

Por: Cris Perroni – Rio de Janeiro

Fontes: Cris Perroni, Nutricionista formada pela UFRJ, pós-graduada em obesidade e emagrecimento, com especialização em nutrição clínica e em nutrição esportiva

Transcrito: https://ge.globo.com/eu-atleta/nutricao/post/2023/10/02/como-usar-o-imc-para-ajudar-na-avaliacao-da-composicao-corporal.ghtml

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