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RISCOS DA FALTA DE ÁGUA

“Ter pouca água implica água de pior qualidade.” Especialista fala sobre os riscos da falta de água

Vivemos um período de seca. Os reservatórios minguam e a formação do El Niño faz prever que, durante a temporada chuvosa, a região Sul receberá chuvas demais, a Sudeste, um pouco menos e a Nordeste terá escassez. Ter pouca água implica água de pior qualidade. Enquanto isso, continuamos a lançar nos reservatórios todo o esgoto industrial e doméstico, porém com um volume de diluição menor. Tal fato pode ser minimizado com maior atenção à sua purificação.

Mas há um aspecto que escapa ao controle sanitário – a contaminação ao longo das linhas de distribuição. Quando há redução do fluxo de distribuição, a pressão interior dos ductos cai e as fissuras da rede propiciam que a entrada de impurezas se faça de fora para dentro da rede. Não foi por acaso que, em 2014, os casos de diarreia aumentaram em São Paulo. Após um período de interrupção do abastecimento é prudente ferver a água oferecida a crianças e idosos, os mais vulneráveis a esse tipo de contaminação. Esta é a melhor forma de contornar alguns dos efeitos adversos da piora da qualidade da água que recebemos para consumo.

Por: Marília Alencar

Texto Paulo Saldiva

Adaptação: Marília Alencar

Colaborou: Priscila Pegatin

Fonte: Paulo Saldiva é patologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)

Transcrito: https://vivasaude.digisa.com.br/colunas/riscos-da-falta-de-agua/5620/

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