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Por que não devemos excluir o que gostamos de comer da dieta

Estudo americano mostra pausas programadas na dieta podem contribuir para o sucesso dos programas de emagrecimento: fisiologistas Turibio Barros e Gerseli Angeli explicam

Emagrecimento. Quem já fez ou está fazendo dieta para emagrecer sabe que isso não é tarefa fácil. Afinal, emagrecer e, mais importante, permanecer magro ou com a composição corporal desejada são processos que envolvem mudanças de hábitos, como já discutimos diversas vezes aqui na nossa coluna. Caso essas mudanças não sejam de fato incorporadas ao nosso dia-a-dia, passando a fazer parte do nosso estilo de vida, sofreremos as tão temidas recaídas, que levarão ao reganho de peso e ao famoso “efeito sanfona”.

Daí a importância de se aprender a comer tudo o que se gosta, porém do jeito certo. Ou seja, com moderação, para não voltarmos a engordar. Já dissemos antes aqui e repetimos: não podemos deixar a exceção virar regra. É o que fazemos no dia-a-dia que conta.

Não devemos excluir aquilo que mais gostamos de comer da nossa dieta, como um chocolate; apenas precisamos aprender a consumir com moderação — Foto: Reprodução/Internet

Voltando a falar sobre as recaídas, um estudo antigo, porém bastante interessante, publicado por pesquisadores americanos procurou avaliar os impactos de uma “recaída programada” em voluntários submetidos a seis meses de dieta. O tempo de acompanhamento foi escolhido porque, geralmente, as recaídas acontecem após esse período de seis meses.

Durante o estudo os pesquisadores introduziram dois modelos de “recaídas”, de intervalos na dieta, contando ainda com um grupo controle:

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1. Pausa longa – 6 semanas corridas: semanas 8 a 13;

2 Pausas curtas – 6 semanas intercaladas: semanas 4 e 5; 9 e 10; 14 e 15;

3. Grupo controle – Sem intervalos.

Durante os intervalos, os voluntários foram orientados a não fazer dieta nem controlar o peso. Porém, todos permaneceram realizando exercícios.

Os autores acreditavam que os indivíduos não seriam capazes de voltar ao programa de emagrecimento após as pausas, o que não ocorreu. Após as pausas, os indivíduos voltaram a realizar a dieta prescrita e, o mais importante: apesar de as pausas terem provocado certo reganho de peso em alguns indivíduos e terem diminuído um pouco a velocidade de emagrecimento em relação ao grupo controle, a perda de peso geral ao final do período não foi diferente entre os três grupos.

Na nossa interpretação, os dados desse estudo nos trazem algumas informações muito interessantes:

Foto: Reprodução/Internet

1. Pausas programadas na dieta podem contribuir para o sucesso dos programas de emagrecimento, especialmente para aqueles que precisarão permanecer em dieta por longos períodos;

2. Pausas programadas podem contribuir para a melhorar nosso relacionamento com as comidas que mais gostamos, nos ajudando a entender que nunca devemos excluir aquilo que mais gostamos de comer da nossa dieta, apenas precisamos aprender a consumir com moderação;

3. O detalhe mais importante: apesar da descontinuidade da dieta, nenhum dos avaliados deixou de se exercitar em momento algum, o que certamente foi o fator essencial para que o controle do peso fosse mantido a longo prazo. Portanto, nunca se esqueça: para emagrecer de maneira sustentável e com saúde, dieta e exercícios têm que andar juntos.

Por: Turibio Barros e Gerseli Angeli – Campos do Jordão, SP

Fonte: Turibio Barros e Gerseli Angeli, Mestres e doutores em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP-EPM

Transcrito: https://ge.globo.com/eu-atleta/nutricao/post/2022/06/16/por-que-nao-devemos-excluir-o-que-gostamos-de-comer-da-dieta.ghtml

 

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