NotíciasSaúde em Foco

Obesidade aumenta em até 108% risco de intubação por Covid-19

Endocrinologista, profissional de educação física e nutricionista explicam a relação entre excesso de peso e casos da doença; saiba mais sobre o estudo da Morbidity and Mortality Weekly Report

Desde o início da pandemia de Covid-19, um grupo de risco foi definido pela comunidade médica e científica e, entre as condições que se configuram como um fator de risco, está a obesidade. De acordo com um estudo recente do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), publicado no Morbidity and Mortality Weekly Report, foi comprovado que há uma associação entre o excesso de peso e casos graves da Covid-19. Portanto, pacientes com essa doença, sobretudo em seus estágios mais avançados, apresentam uma maior chance de desenvolverem as formas mais severas de Covid-19, o que implica em um maior risco de intubação e até mesmo de morte. Pensando em esclarecer a relação entre obesidade e Covid-19 e evidenciar a importância do exercício físico e da alimentação para a promoção de uma vida saudável, com um índice de massa corporal dentro do esperado do ponto de vista fisiológico, o Eu Atleta conversou com o médico endocrinologista Ricardo Oliveira, o profissional de educação física Willemax Santos e a nutricionista Sylvia Pozzobon.

Foto: Shutterstock

O estudo

Na pesquisa do CDC, foram analisados os dados de aproximadamente 150 mil adultos hospitalizados com Covid-19 nos Estados Unidos, e os resultados comprovaram que estar acima do peso configura uma relação de risco para o agravamento dos casos da doença. Embora não seja novidade o fato de a obesidade ser um fator de risco para os pacientes com Covid-19, visto que isso foi apontado desde o início da pandemia, o relatório do órgão americano traz dados importantes, como:

– Os resultados mostraram que o risco de ser hospitalizado é 7% maior para adultos com índice de massa corporal (IMC) entre 30 e 34,9 (equivalente à obesidade grau I);

– As chances de pessoas com IMC de 45 (obesidade grau IV) serem hospitalizadas aumentaram para 33% em comparação com pessoas com IMC considerado saudável – entre 18,5 e 24,9;

– Em relação à probabilidade de internação em UTIs, houve um aumento de 108% para pessoas com alto grau de obesidade;

– O risco de morte em adultos com obesidade variou de 8% maior na faixa de IMC de 30 a 34,9 até 61% maior para aqueles com IMC de 45;

– Pessoas com IMC saudável ou equivalente à sobrepeso (de 23,7 a 25,9) apresentaram uma chance menor de ter casos mais graves de Covid-19.

Além disso, em pessoas que se encontram abaixo do peso considerado saudável, há um risco maior de hospitalização em virtude da Covid-19. Segundo o estudo, indivíduos com IMC inferior a 18,5 apresentaram uma chance 20% maior de internação do que pessoas com IMC saudável. Vale ressaltar, ainda, que um estudo anterior apontou que 90% das mortes por Covid-19 no mundo ocorreram em países com alta taxa de obesidade. Ou seja, os cuidados para se manter em um IMC saudável devem ser redobrados neste período pandêmico.

Obesidade e Covid-19

É sabido que a obesidade grave está ligada a outras doenças metabólicas, como hipertensão arterial e diabetes mellitus tipo 2. As pessoas obesas também são mais vulneráveis às complicações da gripe comum, além de terem uma proteção diminuída contra o vírus influenza, mesmo quando vacinados. Atualmente, uma pauta muito discutida em todo o mundo é a relação entre obesidade e um possível aumento de risco para a Covid-19. Mas, afinal, por que pacientes com Covid-19 e excesso de peso apresentam chances maiores de desenvolver complicações no quadro da doença?

De acordo com especialistas, o pulmão da pessoa obesa tem pior capacidade de expansão e maior fadiga da musculatura respiratória. Além disso, a prevalência da apneia obstrutiva do sono é muito alta nesta população, contribuindo ainda mais para um colapso do sistema respiratório e menos capacidade de recuperação caso o paciente precise ser colocado em um respirador. Outros fatores preocupantes para o manejo do paciente com obesidade grau 3 é a dificuldade de obter boas imagens pulmonares na tomografia e radiografias, problemas do posicionamento do paciente nos leitos de UTI nos casos de uso do respirador.

– Hoje, sabe-se muito bem que a obesidade representa um estágio de inflamação crônica e sistêmica, o que prejudica o sistema imunológico, implicando numa resposta imune menos eficaz. Além disso, os estágios mais graves de obesidade (IMC > 35-40 Kg/m2) impõem uma piora da função pulmonar com redução da capacidade ventilatória. Com isso, uma doença que prejudique a função pulmonar, como é o caso das formas mais graves da Covid-19, podem levar a situações catastróficas nos chamados “grandes obesos” – aponta Ricardo Oliveira.

A seguir, o médico endocrinologista destaca alguns pontos pontos importantes relacionados à obesidade e Covid-19:

– A obesidade pode prejudicar o sistema imunológico, por meio da inflamação crônica, a qual pode dificultar o processo de migração das células de defesa;

– Existem estudos que indicam um maior risco de infectividade por Influenza A (vírus da gripe) em indivíduos com obesidade;

– Existem dados que apontam para uma maior gravidade de casos com infecção por H1N1 em indivíduos obesos;

– 40% dos pacientes internados em UTIs em razão do SARS-COV-2 apresentam obesidade;

– Indivíduos obesos, sobretudo aqueles com obesidade grau 3 (IMC > 40 kg/m2), podem ter uma diminuição da ventilação pulmonar em razão de dificuldade de expansão da caixa torácica pelo volume abdominal aumentado – Síndrome Restritiva;

– É importante evitar dietas muito restritivas (ex: Very Low Calory Diet) neste período, o que não significa dizer que obesos não devam continuar seu tratamento de perda de peso;

– Em caso de pacientes que se submeteram à cirurgia bariátrica, é importante assegurar um aporte nutricional adequado, sobretudo no que diz respeito às vitaminas e aporte proteico -mínimo de 60 g/dia;

– Indivíduos com IMC acima de 40 devem ser afastados do trabalho presencial durante o período de pandemia.

A importância do exercício físico

O exercício físico é fundamental para o tratamento da obesidade — Foto: Internet

Em uma revisão de escopo publicada em fevereiro deste ano, foi relatado que metade dos 61.764 entrevistados, com idade entre 19 a 47 anos, ganhou peso durante este período de pandemia, sobretudo pelo aumento do consumo total de alimentos juntamente a uma redução nas práticas de atividades físicas. Portanto, devido a essa mudança comportamental, há uma grande preocupação no mundo inteiro, afinal, a obesidade é um dos maiores fatores de risco relacionados à hospitalização e doença crítica provocada pela Covid-19.

De acordo com Willemax Santos, dentre as intervenções propostas e conhecidas atualmente para o controle de peso, o exercício se destaca por ser uma estratégia não farmacológica, barata e viável para atenuar esses efeitos da Covid-19 associado ao ganho de peso, reduzindo os piores resultados em pacientes com obesidade e infecção pela doença.

– O exercício físico, além de promover um aumento das células imunológicas, pode atuar nos fatores relacionados à obesidade, como a redução dos níveis de gordura corporal. Além disso temos os fatores associados como a resistência à insulina, diabetes tipo 2, dislipidemia, hipertensão, doença pulmonar, doença cardiovascular e componentes inflamatórios, como a redução significativa da interleucina-6 (IL-6) plasmática e do fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) indicando uma resposta anti-inflamatória – aponta o profissional de educação física.

Outra pergunta recorrente relacionada à obesidade e à Covid-19 é se as pessoas obesas que são ativas fisicamente levam vantagem sobre aquelas sedentárias. Segundo a American Heart Association, recomenda-se a prática de exercício físico para a redução de peso em sujeitos com sobrepeso e obesidade para minimizar a gravidade dos fatores de risco de doenças cardiovasculares. Um estudo publicado em 2011 apresenta que a busca pela perda de peso clinicamente significativa (≥ 5% da massa corporal basal) é eficaz na redução dos fatores de risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.

– Dentre as principais justificativas, os altos níveis de atividade física e a melhora da aptidão cardiorrespiratória estão inversamente associados à mortalidade por todas as causas. Ou seja, sujeitos com níveis mais altos de IMC, %de gordura corporal, massa gorda, massa livre de gordura e circunferência da cintura, mas que se exercitam, apresentam uma taxa de mortalidade inferior quando comparada aos sujeitos de níveis semelhantes, mas que não fazem alguma prática de exercício físico. Dessa forma, há um fundamento forte para os indivíduos com sobrepeso e obesidade busquem a prática do exercício físico e o mais importante, se tornem ativos fisicamente – explica Willemax Santos.

Inflamação crônica e doença pulmonar

Entre as possíveis razões para a associação entre excesso de peso e piores desfechos da doença, estão inflamação crônica e função pulmonar prejudicada, condições que podem ser originadas ou agravadas a partir da inatividade física.

– A inflamação crônica e a função pulmonar prejudicadas são multifatoriais e provavelmente incluem, além da alta exposição ambiental (ex. poluição do ar), um comportamento e um estilo de vida pouco saudáveis, como a inatividade física, a má nutrição e a obesidade. Curiosamente, paralelo ao aumento da prevalência desses problemas pulmonares, tem havido um aumento constante da obesidade. Ainda não está claro, mas um dos mecanismos propostos que relacionam a obesidade com esses problemas incluem a sobrecarga mecânica nos pulmões e a inflamação e a hipertrofia das vias aéreas – destaca o profissional.

Willemax ainda ressalta que as intervenções como o exercício podem contribuir para promover alteração desse estilo de vida pouco saudável visando à redução do peso e a melhora da função pulmonar. Ainda que bastante discutido, esse controle de peso e melhora pulmonar poderia servir como um fator motivacional adicional para que esses sujeitos possam se inserir a um programa de treinamento para continuar perdendo peso e obter ganhos nos parâmetros respiratórios, favorecendo uma relação cíclica. Dessa forma, além de melhorar a composição corporal e aptidão aeróbia, o exercício pode melhorar o controle desses problemas pulmonares, a qualidade de vida e a inflamação das vias aéreas.

Obesidade e sedentarismo: como sair dessa?

O exercício físico minimiza a gravidade dos fatores de risco de doenças cardiovasculares em pessoas obesas — Foto: Internet

A ciência atualmente apresenta que diferentes intensidades e tipos de exercícios físicos têm impactos diferentes na inflamação na condição de obesidade e no sistema imunológico. Alguns estudos compararam os efeitos dos exercícios de alta intensidade e moderada intensidade e sugerem que o treinamento contínuo de moderada intensidade pode ser útil para este público e neste atual momento devido à melhora dos biomarcadores da função imunológica. Enquanto o exercício intenso pode aumentar os níveis de citocinas inflamatórias e reduzir a função imunológica, permitindo um aumento na suscetibilidade a doenças respiratórias (o que é indesejado neste momento e em pessoas obesas).

– Uma das estratégias que podem ser adotadas é a contagem do número de passos dados por dia. Alguns aplicativos validados podem ser utilizados como ferramenta útil para atenuar o tempo de permanência em comportamento sedentário e incentivo à adoção de mudanças de estilo de vida. Outro fator importante refere-se à escolha de atividades que o indivíduo tenha prazer em executar, seja pedalar, caminhar, dançar, correr, nadar, etc. O mais importante é que as pessoas se exercitem durante este período e se mantenham ativas fisicamente, isso porque a inatividade e a baixa aptidão cardiorrespiratória são tão importantes quanto o sobrepeso ou a obesidade como preditores de mortalidade.

Alimentação e sua relação com Covid-19 e obesidade

Estilo de vida que inclui alimentação saudável é fundamental para o tratamento da obesidade — Foto: Internet

A alimentação tem um papel bastante significativo quando tratamos dos fatores de risco relacionados à Covid-19. Sabemos que são diversos os fatores de risco (isso também é o que torna essa doença tão intrigante), porém, muitos destes fatores estão ligados às questões nutricionais como doenças pré-existentes, como diabetes, doença renal crônica, doença cardiovascular, obesidade e várias outras que tornam deficitário o sistema imune do paciente.

Neste sentido, a nutricionista Sylvia Pozzobon destaca que a boa alimentação pode fazer parte da prevenção às formas mais graves da Covid-19, afinal, uma pessoa saudável tem menores chances de evoluir para um quadro grave. E como já vimos anteriormente, pessoas com obesidade podem apresentar inflamação crônica e função pulmonar prejudicada, mas será que ambas as condições podem ser influenciadas por aspectos nutricionais?

– As doenças anteriormente citadas estão intimamente ligadas a quadros de inflamação crônica, o que pode ser relacionado com eventos mais graves de Covid-19. A inflamação crônica tem um papel crucial no desenvolvimento do SARS-CoV2, pois, após a entrada do vírus no corpo humano, começa a resposta do nosso sistema imune contra o mesmo, o qual, se não controlado, fará com que haja danos no tecido pulmonar e redução da capacidade do órgão. Quando chegamos a esse estágio da doença, significa que nosso sistema imune falhou em combater o vírus nos seus estágios iniciais. Dessa forma, sim, entendo que o excesso de peso, por promover um processo de inflamação crônica de baixo impacto, pode estar relacionado com desfechos mais graves da Covid-19, portanto, a nutrição como forma de redução da massa corporal pode atuar como prevenção – explica a profissional.

Como fazer para que o IMC se mantenha saudável?

Tendo em vista que um IMC acima do considerado saudável é um fator de risco para a Covid-19 e outras doenças, manter a massa corporal dentro do considerado adequado pela comunidade médica é fundamental. Para isso, a nutricionista ressalta que precisamos, primeiro, entender que tudo é um processo. Dessa forma, um indivíduo que está com um IMC de obesidade precisa, primeiramente, melhorar seus hábitos alimentares, entendendo como a alimentação pode impactar de forma crucial na sua saúde.

– A partir daí, existem diversas abordagens que podem ser feitas para que o emagrecimento ocorra, mas é importante frisar que são estratégias que têm que estar de acordo com a realidade do indivíduo: questões econômicas, sociais, de rotina e até mesmo de preferências são extremamente importantes para que haja aderência e, por fim, constância. Além disso, a prática de exercício físico é um grande facilitador porque, além de ajudar com o aumento de gasto calórico, impacta diretamente na saúde. Uma dica geral e pontual é melhorar as escolhas. Preferir sempre alimentos in natura e minimamente processados, evitar frituras, fast-foods, açúcar e farinha branca e álcool em excesso – recomenda Sylvia Pozzobon.

Nesse sentido, o médico endocrinologista Ricardo Oliveira ainda destaca que a adoção de um estilo de vida saudável, o qual inclui bons hábitos alimentares, prática regular de atividade física, boas noites de sono e manejo do estresse, é a chave para o sucesso. Boas amizades, limitação do “tempo de tela” e bom ambiente familiar também podem fazer a diferença.

Hábitos alimentares na pandemia

Na pandemia, muitas pessoas sofreram com o ganho de peso, algumas inclusive passaram do estágio do sobrepeso para a obesidade. Mas, em um momento de exigência emocional tão grande, aderir a uma dieta não é tão simples assim. Segundo Sylvia, sempre que pensamos em dieta logo associamos isso à alguma restrição severa ou sofrimento, o que não é verdade. Afinal, a dieta não precisa significar excluir grupos alimentares, cortar o pão ou passar fome.

– Defendo o que chamo de “dieta sem nome”, na qual praticamente tudo o que é comida de verdade é permitido. Por exemplo: frutas, grãos e leguminosas (o bom e velho arroz e feijão), verduras e legumes, carnes (para quem come), laticínios. O que a pessoa realmente deve evitar são os produtos altamente industrializados ricos em gordura trans, açúcar, química e sódio: biscoitos, massas prontas, molhos prontos, refrigerante, suco de caixinha. Certamente ter um pouco de cuidado com o excesso de óleo no preparo dos alimentos, evitar temperos prontos otimizadores de sabor e cuidar da quantidade de sal também são dicas importantes. Um conselho que dou sempre aos pacientes: comidinha caseira de mãe e avó, feita com temperinho caseiro (alho, cebola, ervas frescas e pouco óleo) é sempre uma boa escolha. Não precisa passar fome, mas passe longe das comidas prontas e coisas que vêm dentro de saquinhos com enormes listas de ingredientes – sugere a nutricionista.

Ainda segundo a profissional, uma boa forma de se aproximar de uma alimentação equilibrada com facilidade é montar pratos coloridos — sempre uma salada variada e fresca, com legumes crus ou cozidos (ótima fonte de micronutrientes que atuam também no nosso sistema imune), colocar uma boa fonte de carboidrato (que é energia para nosso corpo — arroz integral ou branco, batata cozida ou inhame, por exemplo), adicionar um feijãozinho caseiro (sem carnes) e uma fonte de proteína (carnes magras como peixe, frango ou carne bovina sem gordura). Nos lanches, evitar alimentos prontos e optar por frutas frescas, castanhas e iogurtes naturais, por exemplo.

Além disso, não podemos esquecer da prática de atividade física, a qual é crucial para uma vida saudável e para o bom funcionamento do organismo — além de ser um fator relacionado com menores chances de desenvolvimento das formas graves de Covid-19, bem como evita doenças crônicas não transmissíveis (diabetes, hipertensão e outras). Em casa ou na rua (com proteção), o importante é ter uma rotina de treinos e manter a constância.

Exemplo de cardápio saudável

Estilo de vida que inclui alimentação saudável é fundamental para o tratamento da obesidade — Foto: thinkstock

É importante ressaltar que é necessário procurar um nutricionista para um planejamento individualizado. Em geral, 4 a 6 refeições equilibradas por dia é o indicado para pessoas com obesidade. A seguir, confira um exemplo de cardápio saudável montado pela nutricionista Sylvia Pozzobon:

– Opções para o café da manhã: fruta com aveia ou pão integral com ovo, queijo magro ou iogurte natural com fruta ou vitamina de leite com fruta;

– Almoço: carnes magras, purê de raízes ou grãos integrais, legumes cozidos no vapor, vegetais à vontade;

– Lanche: sanduíche integral com ovo, queijo magro e pode ter vegetais ou iogurte batido com frutas congeladas ou fruta fresca com castanhas;

– Janta: como no almoço, carnes, legumes, porção de raiz ou grãos integrais e vegetais à vontade.

Por fim, é válido destacar que pessoas com obesidade grau 3 devem tomar mais cuidados de prevenção em relação ao isolamento social, medidas de higiene pessoal e do ambiente. É preciso entender que a obesidade é uma doença crônica como o diabetes e a hipertensão e deve ser tratada.

Por: Marina Borges, para o Eu Atleta — Bauru, São Paulo

Fonte: Ricardo Oliveira, médico endocrinologista

Willemax Santos, profissional de educação física

Sylvia Pozzobon, nutricionista

Transcrito: https://globoesporte.globo.com/eu-atleta/noticia/obesidade-aumenta-em-ate-108percent-risco-de-intubacao-por-covid-19.ghtml

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: