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O papel da alimentação na luta contra o câncer

Dieta elaborada por um especialista minimiza sintomas da doença e efeitos colaterais do tratamento

Todo 31 de agosto, comemora-se o Dia do Nutricionista, especialidade esta relacionada, normalmente, ao controle do excesso de peso, ainda mais em um país como o Brasil, onde mais da metade da população (53,8) apresenta sobrepeso. Entretanto, a nutrição atua visando desde a segurança alimentar até a atenção dietética, com objetivos de promover, manter e recuperar a saúde. Assim, fica claro o seu importante papel na saúde em geral, inclusive no enfrentamento do câncer, onde a atuação da nutricionista oncológica é uma ferramenta fundamental. A nutricionista da Oncologia D’Or Lúcia Sampaio destaca que o tipo de alimentação é essencial para minimizar o impacto da doença na qualidade de vida do paciente. Além disso, ignorar a dieta elaborada pelo especialista pode afetar diretamente a eficiência do tratamento.

“A nutrição adequada e individualizada minimiza os sintomas, reduz riscos de complicações, melhora a tolerância aos procedimentos e à qualidade de vida, sendo fator fundamental para o sucesso do tratamento oncológico e da recuperação do paciente”, explica.

Lúcia ratifica a importância da alimentação ser planejada de forma individualizada, pois a dieta deve considerar as particularidades da pessoa, incluindo os impactos causados pelo câncer e pelo próprio tratamento. “É fundamental que tudo seja avaliado por uma nutricionista capacitada, para que seja orientado um plano nutricional que traga os resultados almejados”, alerta.

O próprio tumor já provoca efeitos no corpo que, dependendo da sua localização e gravidade, podem trazer desequilíbrios orgânicos, metabólicos, fisiológicos, funcionais, digestivos e bioquímicos, que, em sua grande maioria, poderão ser amenizados pela nutrição. Em boa parte dos casos, é grande a prevalência de desnutrição. Alguns tipos de câncer, por exemplo, provocam alterações metabólicas que aumentam muito o gasto energético do organismo, levando o paciente à perda de peso progressiva. Nesses casos, é preciso ter uma dieta rica em alimentos calóricos e/ou proteicos, sendo, em muitas vezes, necessária a indicação de suplementos nutricionais para que compense o gasto causado pela doença.

A orientação nutricional será feita também de acordo com o tratamento indicado. A quimioterapia, por exemplo, pode provocar sintomas como: diarreia, constipação intestinal, náuseas e dispepsia. A radioterapia e a cirurgia, dependendo da localização, também podem afetar o sistema digestivo. No caso da hormonioterapia, pode haver o indesejado ganho de peso e inchaço. “São vários fatores que devem ser observados para garantir uma adequada orientação e assim favorecer a qualidade de vida do paciente”, observa Lúcia.

A alimentação é, inclusive, reconhecida em várias pesquisas científicas e também pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo INCA como um fator de prevenção ao câncer. Segundo a OMS, o câncer mata 8,8 milhões de pessoas anualmente no mundo. “Acredita-se que uma dieta saudável pode prevenir de 3 a 4 milhões de casos novos a cada ano”, relata a nutricionista da Oncologia D’Or.

Alimentos ricos em antioxidantes podem auxiliar o sistema imunológico a destruir carcinógenos antes que causem danos às células, podendo, assim, colaborar na reversão dos estágios iniciais da doença. Além disso, existem outros alimentos protetores como, por exemplo, as fibras que estão relacionadas ao menor risco de câncer de cólon e reto. O consumo de gorduras monoinsaturadas e ácidos graxos ômega 3 em quantidade adequadas também está relacionado ao menor risco de câncer. “Um estudo do INCA mostra a relação da obesidade e sobrepeso com o aparecimento de câncer. A cada 100 casos de câncer no Brasil, 13 tem relação com a obesidade ou sobrepeso”, destaca Lúcia.

Fator de risco

Do mesmo jeito que há pesquisas sobre alimentos que ajudam na prevenção, também há estudos que apontam que há itens alimentícios que são fatores de risco para o desenvolvimento do câncer. De acordo com o INCA, no Brasil, os cânceres que se relacionam aos hábitos alimentares estão entre as 6 primeiras causas de mortalidade por câncer. E segundo a OMS, 30% dos cânceres relacionados a fatores ambientais são provavelmente provocados pela má nutrição. “O excesso do consumo de gordura saturada e trans está associado aos cânceres de mama, endométrio, cólon e reto. Acredita-se que a elevada ingestão de gordura promove aumento na produção de ácidos biliares, que são mutagênicos e citotóxicos, além de estarem relacionados com obesidade”, relata Lúcia, que também destaca que resultados semelhantes foram igualmente observados para os cânceres de próstata.

A nutricionista alerta que a atenção com uma alimentação saudável deve estar presente no dia de todos. A preferência ao consumo de uma alimentação mais rica em frutas e vegetais variados, de preferência orgânicos ou de safra, em cereais integrais, em grãos, em proteínas com baixo teor de gordura e em gorduras mono e poli-insaturadas de boa qualidade deveria ser uma prioridade para todos que buscam ter qualidade de vida. “Evitar excesso de alimentos industrializados cheios de aditivos químicos, de gorduras saturadas, trans e hidrogenadas, bem como frituras em geral, excesso de sódio, alimentos transgênicos e com agrotóxicos são orientações não apenas para prevenir o câncer, mas para se ter uma vida saudável”, aconselha Lúcia.

Sobre a Oncologia D’Or

Criada em 2010, a Oncologia D’Or é formada por clínicas especializadas no diagnóstico e tratamento oncológico com padrão de qualidade internacional, sem abrir mão da humanização em todo o trabalho de assistência. Com uma rede de mais de 40 unidades, conta com cerca de 300 médicos especialistas, atuando em sete estados brasileiros. A Oncologia D’Or é uma empresa do grupo Rede D’Or São Luiz.

Por: Daniel Rinaldi

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Fonte: Lúcia Sampaio,nutricionista da Oncologia D’Or

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