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Novembro Azul: campanha alerta para a prevenção do câncer de próstata

Mais de 15 mil homens morrem, todos os anos, em decorrência do câncer de próstata; a campanha Novembro Azul visa a conscientização sobre a doença.

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a próstata é a região do corpo mais frequentemente atacada pelo câncer entre a população masculina no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de pele. No entanto, apesar de ser frequente, muitos homens deixam de fazer exames – e receber o diagnóstico e tratamento adequado – por desconhecimento ou preconceito.

Por isso, a campanha Novembro Azul é tão importante. Ela teve origem em 2003, na Austrália, e se espalhou pelo mundo, com o objetivo de promover a saúde do homem e alertar para os sintomas e a importância da prevenção.

No Brasil, além da campanha do Instituto Lado a Lado pela Vida, o Ministério da Saúde, com apoio técnico do Inca, divulga uma cartilha com as principais orientações sobre sintomas, diagnóstico e tratamento da doença.

Quais são os sintomas do câncer de próstata?

A próstata é uma glândula, presente no corpo masculino, que produz um líquido que faz parte do sêmen. Em homens jovens, ela tem o tamanho de uma ameixa, mas tende a aumentar com a idade. Em alguns casos, pode ocorrer um crescimento desordenado de células, que formam tumores, benignos ou não.

De acordo com o Inca, o câncer de próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam sintomas ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata – dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou a noite, sangue na urina e diminuição do jato de urina. Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.

Por isso, a Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que homens a partir de 50 anos devem procurar um profissional especializado para avaliação individualizada. Homens negros ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata devem começar aos 45 anos. A obesidade, de acordo com a cartilha do Inca, também é um fator de risco.

Como é feito o diagnóstico?

O exame inicial é a detecção do Antígeno Prostático Específico (PSA), por meio de coleta de sangue. Níveis elevados desse antígeno podem indicar câncer, mas também doenças benignas da próstata. Quando há alterações ou algum fator de risco, é necessário o exame de toque retal, que possibilita a identificação do formato e textura da glândula. Se houver alterações nesses exames, o câncer pode ser comprovado por meio de biópsia.

Tanto o PSA quanto o exame de toque são cobertos pelo Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que determina a cobertura mínima obrigatória dos planos de saúde. Quando associados, os dois procedimentos podem dar uma segurança de cerca de 90% ou mais, auxiliando no diagnóstico precoce da doença.

É possível prevenir o câncer de próstata?

Adotar hábitos de vida saudáveis é uma maneira de diminuir o risco tanto do câncer de próstata quanto de outras formas da doença. Reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, evitar o tabagismo, manter o peso adequado e uma boa alimentação é essencial.

“Alimentos que possuem licopeno, pigmento avermelhado presentes em vegetais e frutas como goiaba, tomate, melancia, rabanete, colaboram para a prevenção do câncer de próstata”, afirma Fernanda Taveira, especialista da PROTESTE.

Segundo ela, além do licopeno, encontrado nas frutas vermelhas e tomates, a isoflavona é também um nutriente que diminui o risco do câncer de próstata. “Os alimentos que contêm isoflavona são o queijo de soja ou tofu, ervilhas, lentilhas, brotos de alfafa e amendoim”, orienta.

Como é o tratamento?

O tratamento depende do estágio em que a doença se encontra – mais um motivo para buscar o diagnóstico precoce. As alternativas, de acordo com o Instituto Vencer o Câncer, são:

– cirurgia (prostatectomia radical), que consiste na remoção de toda a próstata, das vesículas seminais e, por vezes, dos linfonodos regionais. É obrigatória a retirada da próstata inteira. As complicações mais temíveis são a disfunção erétil (30% a 60% dos casos, especialmente em pacientes com mais de 65 anos) e a possibilidade de incontinência urinária grave (9%);

– radioterapia, que pode ser externa e a interna, também chamada de braquiterapia;

– observação vigilante, em tumores com baixo potencial de agressividade;

– quando o câncer atinge os linfonodos pélvicos, o tratamento indicado é a radioterapia combinada com hormonioterapia;

– quando o câncer atinge os ossos ou outros órgãos, o tratamento indicado é a hormonioterapia e, quando ele se torna resistente ao tratamento hormonal, recomenda-se a quimioterapia.

Por: Redação Proteste

Fonte: Ministério da Saúde

Instituto Nacional do Câncer (Inca)

Instituto Lado a Lado pela Vida

Sociedade Brasileira de Urologia

Fernanda Taveira, especialista da PROTESTE.

Transcrito: https://minhasaude.proteste.org.br/novembro-azul-campanha-alerta-para-a-prevencao-do-cancer-de-prostata/

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