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Frutas frescas ou frutas secas, qual escolher? Há diferença?

Frutas desidratadas são muito usadas como lanche intratreino, pois oferecem boa carga de energia, mas não contribuem para a hidratação como as frescas. Nutricionista Cris Perroni explica

Frutas são constituídas principalmente por carboidratos simples, a frutose e a glicose, além de água. Elas têm baixa quantidade de proteínas e lipídeos, com exceções como o abacate e o coco, ricos em gorduras boas. São excelentes fontes de vitaminas, minerais, fibras e compostos bioativos. Tanto que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a ingestão de cinco porções diárias de frutas, verduras e legumes para promoção de saúde e longevidade. Quanto maior a variedade e mais colorida a dieta, maior a diversidade de nutrientes. Mas faz tanto optar entre frutas frescas ou frutas secas? Existe diferença entre elas? Qual a melhor escolha nesse caso? Vamos entender.

Frutas frescas e frutas secas: nutrientes são preservados na desidratação, mas perde-se água — Foto: Reprodução Internet

As frutas secas passam por um processo de “desidratação”, retirada da água, concentrando a quantidade de açúcares, ou seja, garantindo uma maior quantidade de carboidratos e maior valor energético a cada 100 gramas, por exemplo. E esse é um problema em relação ao consumo de frutas secas, a comparação da composição nutricional com base no peso. Afinal, 100 gramas de frutas secas não equivalem a 100 gramas de frutas frescas, já que a fruta seca perde água e, portanto, peso. A equivalência deve ser feita por unidade:

– 6 unidades de damasco fresco equivalem a 6 unidades de damasco seco, mas são necessários mais damascos secos do que frescos para chegar a 100 g, aumentando a quantidade de calorias ingeridas;

– 8 ameixas frescas equivalem a 8 ameixas secas, mas 100 g de ameixas secas usam mais frutas e, portanto, têm mais calorias.

Dê preferência ao consumo de frutas frescas. Embora os nutrientes sejam preservados na fruta seca, ela não contribui para a hidratação do organismo como a fresca contribui. Entretanto, frutas secas são fáceis de carregar, garantem maior concentração do sabor por concentrar os açúcares e são menos perecíveis (têm maior durabilidade). São muito utilizadas como lanche intratreino em esportes de endurance (ciclismo, corrida de montanha), pois oferecem uma boa carga de energia.

– Algumas dicas:

– Tenha atenção às frutas cristalizadas, pois nelas adiciona-se açúcar. O ideal é o consumo das frutas secas não cristalizadas;

– Compre frutas e hortaliças na safra, são mais nutritivas e mais baratas;

– Feiras livres após 11 horas possuem maior margem de negociação;

– No lanche da tarde, coma fruta associada a iogurte ou pasta de amendoim, que apresentam menor pico insulínico;

– Prefira a fruta in natura ao suco de frutas, pois sucos concentram várias frutas em um copo, reduzem as fibras, possuem maior densidade energética e maior estímulo à insulina;

– Toda fruta que for ingerida com casca deve ser lavada em água corrente e deixada de molho por 20 minutos em solução de hipoclorito (1 colher de sopa de água sanitária para cada 1 litro de água) ou produtos sanitizantes (ex: clorin, hidrosteril…);

– E lembre-se: frutas não são vilãs nas dietas, não causam pancreatite e não engordam.

Por: Cris Perroni – Rio de Janeiro

Fonte: Cris Perroni, Nutricionista formada pela UFRJ, pós-graduada em obesidade e emagrecimento, com especialização em nutrição clínica e em nutrição esportiva

Transcrito: https://ge.globo.com/eu-atleta/nutricao/post/2021/11/08/frutas-frescas-ou-frutas-secas-qual-escolher-ha-diferenca.ghtml

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