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Epidemia de obesidade exige políticas públicas de alimentação saudável

Fisiologistas Turibio Barros e Gerseli Angeli comentam que houve mais de 2,4 milhões de mortes relacionadas à doença em 2017

A Organização Mundial de Saúde define a obesidade como uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo anormal ou excessivo de gordura corporal, o que representa risco à saúde. Em nível populacional, apesar de ser uma medida deficiente, o índice de massa corporal (IMC) é o mais comumente utilizado para identificar o acúmulo de gordura.

– IMC entre 25 e 29,9 kg/m² indica excesso de peso;

– IMC maior ou igual a 30 kg/m² é classificado como obesidade.

Desde 2021, a Comissão Europeia incluiu a prevenção e gestão da obesidade na estratégia de doenças não transmissíveis. Naquele ano, em média 23% dos adultos da União Europeia já eram classificados como obesos, e a combinação sobrepeso/obesidade afetava quase 60% de todos os adultos na Europa.

Precisamos criar políticas públicas que permitam acesso à alimentação de qualidade e informação a todos — (Foto:Reprodução/Internet)

Nas últimas três décadas, houve um aumento na prevalência de obesidade e, embora as taxas estejam desacelerando, as tendências permanecem. Até o ano de 2025, estima-se que um em cada quatro europeus poderão estar obesos. Em alguns países europeus, a prevalência da obesidade pode ser muito mais alta. Por exemplo, até 2025, a prevalência de obesidade na Irlanda pode chegar a 43%.

Ao redor do mundo em 2017, tivemos 2,4 milhões de mortes e mais de 70 milhões de pessoas com algum tipo de incapacidade atribuídas a um IMC mais alto.

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Para se ter uma ideia, estudos econômicos europeus indicam que a obesidade e suas complicações comprometeram cerca de 8% dos orçamentos nacionais de saúde em toda a Europa em 2014, o que deve aumentar nos próximos anos.

O que podemos perceber nitidamente é que, aqui na Europa, a crise financeira atingiu seriamente a população de classe média e baixa e, assim como acontece em outros lugares do mundo, os índices de obesidade e sobrepeso aumentaram, já que os alimentos mais baratos são justamente aqueles com menor densidade de nutrientes e maior densidade calórica.

(Foto:Reprodução/Internet)

Na Alemanha, nos chama a atenção a procura dos moradores locais por refeições rápidas e baratas que podem ser facilmente compradas em supermercados e lojas de conveniência.

Tal fato, sem dúvida, continuará trazendo impactos negativos sobre a saúde pública. E a economia europeia, apesar de forte também continuará sendo prejudicada.

No Brasil, cujo sistema de saúde é extremamente deficiente, com uma economia não tão forte quanto a europeia, essa tendência de aumento nos níveis de obesidade muito possívelmente trará impactos ainda mais negativos.

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Isto nos faz entender que combater à obesidade e às suas comorbidades é dever de todos. Precisamos criar políticas públicas que permitam acesso à alimentação de qualidade e informação a todos: crianças, jovens, adultos e idosos, independentemente da classe social.

Por: Turibio Barros e Gerseli Angeli – Berlim, Alemanha

Fonte: Turibio Barros e Gerseli Angeli, Mestres e doutores em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP-EPM

Transcrito: https://ge.globo.com/eu-atleta/saude/post/2023/05/23/epidemia-de-obesidade-exige-politicas-publicas-de-alimentacao-saudavel.ghtml

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