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Duas gorduras que parecem ser naturais, mas é bom abolir do seu cardápio

Será que gordura é tudo igual? Será mesmo que precisamos abolir as gorduras da nossa dieta? Quando você olha para o alimento escrito 0% de gordura, você prefere comprá-lo por conta desta informação? Hoje vou mostrar que tem, sim, algumas gorduras que devem ser evitadas do seu dia a dia.

A gordura natural presente nos alimentos não precisa ser eliminada da nossa alimentação, afinal é um dos macronutrientes essenciais para diversas funções no nosso corpo, especialmente para a produção hormonal.

Essas gorduras, quando consumidas de forma e em quantidade adequadas, trazem vários benefícios para nosso organismo e são essenciais para formação das membranas das nossas células e síntese de vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K).

Por isso, você não precisa ter medo de consumir um leite ou iogurte integral, uma carne de segunda, castanhas, sementes, abacate e coco: estas gorduras são super saudáveis e devem fazer parte do seu dia a dia.

Agora existem duas gorduras que parecem ser naturais, porém são gorduras processadas pela indústria de alimentos, estas, sim, prejudicam muito nossa saúde.

Óleos vegetais refinados

Sim, aqueles óleos que encontramos no supermercado em garrafas transparentes provenientes do milho e da soja, por exemplo, são vistos por muitas pessoas como gorduras naturais, porém estudos apontam que o maior consumo destes óleos aumentaram o consumo de ômega 6 na dieta, o que é associado a inflamações, a maior causa de doenças crônicas e causadoras de morte.

Apesar do óleo refinado não conter colesterol, por ele ser rico em ômega 6 desregula o balanço entre ômega 3 e ômega 6, o que leva a redução no combate aos radicais livres no sangue e pode levar a um aumento de doenças cardíacas, ou seja, apesar de não conter colesterol, acaba prejudicando o organismo.

Temos que lembrar que o óleo vegetal não é natural, mas, sim, fruto de um processo industrial para retirar óleo de um alimento que não é fonte de gordura.

A dica aqui é substituir o óleo de vegetal por uma fonte de gordura que consegue ser extraída de forma natural como o azeite de oliva, o óleo de coco, de linhaça, etc.

Como o volume de gordura que devemos utilizar para cozinhar os alimentos deve ser pequena, o azeite rende bastante. Uma família de quatro pessoas que almoçam e jantam em casa deve utilizar em média 500 ml de azeite por mês para fazer todas as comidas e temperar a salada.

Gordura trans

Gorduras trans são feitas a partir da hidrogenação dos óleos vegetais, assim eles conseguem deixar o óleo na consistência pastosa.

A gordura trans não só aumenta o colesterol LDL (conhecido popularmente como colesterol ruim) como diminui o HDL (conhecido popularmente como colesterol bom), além disso já foi detectado que aumentam as chances de desenvolver diabetes tipo 2, por isso ela é tão prejudicial para a nossa saúde.

Ela é vastamente utilizada pela indústria, pois confere sabor, textura e crocância aos produtos. Por isso precisamos ficar atentos ao rótulo dos alimentos, se olhar e estiver escrito: gordura trans, gordura esterificada, gordura parcialmente hidrogenada e gordura vegetal hidrogenada, aquele alimento vai ter gordura trans, mesmo que no rótulo esteja escrito 0% de gordura trans.

Isso acontece porque a OMS (Organização Mundial de Saúde) permite que seja omitida até 0,2 g dessa gordura nas informações nutricionais. Ou seja, um produto pode conter até 0,2 g desse nutriente por porção e dizer, com grande destaque na embalagem, que tem “zero” gordura trans.

Repare que a regra é da porção! Por isso muitas vezes a porção chega até ser fracionada, como três biscoitos e meio, agora vamos ser sinceros? Quem corta um biscoito ao meio? Por isso, escolha melhor os produtos que você coloca dentro do seu carrinho no supermercado.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do saudevitalidade.com

Por: Verônica Laino

Fonte: Verônica Laino é formada em nutrição pela USP (Universidade de São Paulo), pós-graduada em Nutrição Clínica e Esportiva Funcional e coach de emagrecimento. Trabalhou em clínica particular por sete anos e hoje dedica seu tempo aos seus coachees e a? produc?a?o de conteu?do online, mi?dias sociais e eventos, como forma de alcanc?ar cada vez mais pessoas e ajuda?-las a levar uma vida pra?tica, sauda?vel, balanceada e gostosa.

Transcrito: https://www.uol.com.br/vivabem/colunas/veronica-laino/2021/01/26/duas-gorduras-para-abandonar-seu-cardapio.htm

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