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Dia Internacional da Mulher: conheça as cinco doenças femininas mais incidentes no Brasil

O Dia Internacional da Mulher amplia o debate em relação à conscientização sobre o direito das mulheres à saúde, além de levantar um alerta para as doenças femininas mais incidentes no país.

“Apesar de as mulheres serem mais cautelosas e se submeterem a mais exames de rotina do que os homens, ainda é comum que haja a negligência de alguns sintomas que merecem atenção”, afirma Dr. Henrique Pasqualette, mastologista e diretor médico do Centro de Estudos e Pesquisas da Mulher (CEPEM)

Como uma forma de prevenção e esclarecimento, especialistas explicam mais detalhes sobre as doenças femininas mais incidentes no Brasil. Confira abaixo:

Câncer de mama

A doença é caracterizada por um tumor maligno que se desenvolve como consequência de alterações genéticas em algum conjunto de células da mama, que passam a se dividir descontroladamente. “Na maioria dos casos, esse tipo de câncer pode ser percebido em fases iniciais por meio de sintomas como nódulos (caroço), que são fixos e indolores, alteração da pele da mama, que pode ficar avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja, alteração no bico do peito (mamilo), pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço e saída de líquido anormal das mamas”, aponta Dr. Henrique Pasqualette.

O câncer de mama não tem uma causa única. Idade, condições endócrinas, história reprodutiva, exposições a fatores comportamentais/ambientais, história familiar e herança genética são apontados como pontos agravantes. Devido à multiplicidade de fatores relacionados ao surgimento da doença, não há métodos de prevenção estabelecidos. “De modo geral, o que indicamos é o controle do risco. Estudos já associam obesidade (principalmente após a menopausa), sedentarismo e tabagismo ao aumento das chances de câncer de mama”, conta o especialista. O método mais eficiente de detecção precoce é a mamografia ou a tomossíntese mamária (mamografia 3D). Segundo a recomendação do INCA, atualizada em 2015, a mamografia deve ser realizada em mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos.

Endometriose

Doença que acomete mais de 6 milhões de mulheres no Brasil, a endometriose ocorre quando o tecido que recobre a parte interna do útero (endométrio), que se descama e se solta na menstruação, migra para fora da cavidade uterina e se instala em locais atípicos como trompas, ovários, intestinos e bexiga.

“Cólica crônica, sangramento excessivo e dificuldade para engravidar são alguns dos sintomas dessa patologia que atinge cerca de 15% das mulheres em idade fértil”, pontua Dr. Marco Aurélio Pinho de Oliveira, ginecologista responsável pelo setor de Videohisteroscopia do CEPEM. Ainda não se sabe ao certo a causa da endometriose, tampouco as formas de prevenção. Por isso, é importante prestar atenção nos sinais e procurar um ginecologista para maiores investigações.

Infecção urinária

Cerca de 30% das mulheres vão apresentar infecção urinária leve ou grave em algum momento da vida. A condição é um quadro infeccioso que pode ocorrer em qualquer parte do sistema urinário como rins, ureteres, bexiga e uretra, sendo mais comum nos dois últimos. Por possuir a uretra mais curta, a mulher tem 50 vezes mais chance de ter o problema do que o homem.

Entre os principais sintomas estão dor ou ardência ao urinar, urgência miccional e urina avermelhada (com sangue). A prevenção inclui tomar bastante água, não segurar a urina por muito tempo, ter hábitos regulares de higiene e evitar roupas muito apertadas.

Câncer de colo de útero

O câncer de colo de útero atinge, em sua maioria, mulheres abaixo dos 50 anos, em idade sexualmente ativa. É causado pela infecção persistente do papilomavírus humano, o conhecido HPV. “Na maioria das vezes, quadros pontuais de HPV podem não representar riscos, já que essa é uma doença genital muito comum. Entretanto, alguns casos de infecções por papilomavírus humano podem gerar alterações celulares, que tendem a evoluir para o câncer”, esclarece Dra. Yara Leitão, ginecologista do CEPEM.É uma doença sem sintomas na fase inicial, mas que pode evoluir para quadros de sangramento vaginal durante ou após a relação sexual e secreção vaginal anormal, acompanhada de odor. De todos os cânceres ginecológicos, ele é o único com prevenção primária, feita por meio do exame de colpocitologia oncótica (papanicolau). “A maneira para prevenir e diminuir o número de casos é fazer os exames ginecológicos periodicamente e usar sempre o preservativo. Também é indicada, a partir dos nove anos, a vacina contra HPV”, pondera a ginecologista.

Candidíase vaginal

Segundo estatísticas, cerca de 75% das mulheres pode apresentar candidíase durante a vida. Em 80 a 90% dos casos, a infecção é originada pelo fungo candida, geralmente candida albicans. Os sintomas incluem corrimento esbranquiçado, coceira intensa e sensação de ardência na região íntima, além de inchaço e vermelhidão da área.

O quadro não é considerado uma doença sexualmente transmissível (DST), uma vez que pode ser contraído mesmo na ausência de relações sexuais. Usar preservativo, assegurar uma higiene adequada na região genital, evitar o uso diário de absorventes e de roupas justas são algumas das ações preventivas contra a candidíase.

CEPEM (Centro de Estudos e Pesquisas da Mulher): Há 25 anos cuidando da saúde das mulheres, o CEPEM investe fortemente na qualificação da sua equipe médica, composta por ginecologistas, mastologistas, endocrinologistas, entre outras especialidades médicas. O centro oferece uma variedade de exames de detecção de lesões em tempo hábil, como a mamotomia, mamografia digital de campo real e a mamografia digital com detecção inteligente. Também conta com o moderno Pristina, o primeiro mamógrafo com dispositivo de compressão controlado pela paciente, e o Affirm Prone 3D, um sistema de biópsia em 3D que garante rapidez, precisão e conforto durante a realização do procedimento. É primeiro aparelho desse tipo a ser instalado no Brasil. Com unidades em Botafogo, Barra da Tijuca e Centro, o CEPEM aposta em um espaço calmo e agradável para a realização dos exames.

Por: Erica Haynes

Fonte: Dr. Henrique Pasqualette, mastologista e diretor médico do Centro de Estudos e Pesquisas da Mulher (CEPEM)

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