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Coronavírus: novos dados sobre grupos de risco

Idosos e portadores de doenças crônicas (diabetes, hipertensão, asma) são mais suscetíveis a complicações do novo coronavírus, como mostra uma pesquisa

Portadores de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, asma e indivíduos acima de 60 anos são os mais propensos a ter complicações e morrer de Covid-19. Pois um estudo recém-publicado no British Medical Journal (BMJ) traz novos dados sobre os tais grupos de risco do novo coronavírus, também chamado de Sars-Cov-2.

Os pesquisadores avaliaram 113 pessoas que morreram e outras 161 que se recuperaram da infecção na cidade de Wuhan, na China, onde a epidemia foi deflagrada. A idade média dos que vieram a óbito era de 68 anos, contra 51 nos curados.

Um fator de risco que chama a atenção é a hipertensão arterial, uma das comorbidades mais associadas às complicações fatais da Covid-19 até agora. Na pesquisa publicada no BMJ, 48% dos falecidos tinha pressão alta, ante 24% dos que se recuperaram — o dobro, portanto.

Entre os que morreram, 21% possuíam diabetes — esse número caiu para 14% entre os que ficaram bem. E 14% dos falecidos por causa do coronavírus sofriam com outras doenças cardiovasculares.

Problemas cardíacos estão entre os problemas que facilitam complicações pelo coronavírus.

Provavelmente, os idosos estão mais suscetíveis às complicações do Sars-Cov-2 por causa de alterações no sistema imunológico naturais da idade. No caso dos males cardíacos, a circulação prejudicada e a debilidade dos pulmões parecem favorecer a agressividade da infecção.

Já o diabetes, principalmente o tipo 2, é um fator de risco para o agravamento de diversas infecções. Isso porque prejudica as defesas do organismo contra vírus, bactérias e afins.

Outros grupos de risco para o coronavírus

Embora não sejam abordados em profundidade no artigo citado acima, outros problemas são relacionados a complicações em decorrência do Sars-Cov-2. Asma, enfermidades hematológicas, doença renal crônica, imunodepressão (provocada pelo tratamento de condições autoimunes, como o lúpus, ou câncer) e obesidade também estão ligadas às mortes.

Para as doenças que atacam os pulmões, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), a relação é clara. Estamos falando de transtornos que já atrapalham a respiração. Nesse cenário, há acúmulo de secreção pulmonar e aumento da sensação de falta de ar.

Portadores da doença renal crônica também são incluídos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como membros do grupo de risco da Covid-19. Isso porque os rins são responsáveis pela filtragem do sangue e participam da resposta imunológica frente à uma ameaça viral. Fora que a lesão desses órgãos geralmente vem de outras doenças crônicas associadas a sintomas graves da infecção, como hipertensão e diabetes.

Como os grupos de risco podem evitar coronavírus

Antes de tudo, redobre os cuidados com a prevenção. Os mais recomendados são:

> Manter o isolamento social (evitando as saídas na rua)

> Lavar as mãos com frequência por pelo menos 20 segundos

> Evitar qualquer contato com pessoas que manifestam sintomas parecidos com os da gripe

Manter uma rotina de atividades físicas, boa alimentação, hidratação e sono é importante para reforçar as defesas. Por último, idosos e portadores de boa parte das doenças mencionadas fazem parte do público-alvo da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe, que já começou. Há datas específicas para cada grupo.

Apesar de não ter efeito contra o coronavírus em si, a injeção ajuda a proteger o sistema respiratório de uma sobrecarga provocada pelo vírus influenza, que agravaria quadros de Covid-19.

Obs. estudo recém-publicado no British Medical Journal (BMJ)

Por: Chloé Pinheiro

Fonte: Organização Mundial de Saúde (OMS)

Transcrito: https://saude.abril.com.br/medicina/coronavirus-novos-dados-sobre-grupos-de-risco/

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