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Amamentação e contraste. Médico radiologista esclarece dúvidas sobre o tema

Algumas dúvidas são bem comuns em relação as mães e o período de lactação. Será que posso amamentar e fazer um exame de imagem? O contraste não tem risco para meu filho? Geralmente o questionamento aparece quando a mãe precisa realizar um exame de tomografia ou ressonância magnética com o uso do meio de contraste venoso, o que é bem compreensível.

“A passagem de contraste para o leite em mulheres na lactação já foi demonstrada; todavia isso não deve ser encarado como uma preocupação ou uma contra-indicação por si só à realização dos exames”, afirma o médico radiologista da Lucilo Maranhão Diagnósticos, Dr Lucilo Maranhão Neto.

Os meios de contraste iodados utilizados na tomografia computadorizada (TC), ou o contraste gadolínio aplicado em estudos de ressonaria magnética (RM) têm uma meia-vida no sangue de cerca de 2 horas e são quase que completamente eliminados da corrente sanguínea em pacientes com função renal normal dentro de 24 horas.

Em relação ao índice do contraste no leite materno, sabe-se que, estatisticamente, “menos de 0,04% da dose endovenosa total de contraste administrada à mãe é excretada no leite materno nas primeiras 24h. E sabe-se também que desta pequena fração excretada no leite, menos de 1% ingerido pelo lactente é absorvido pelo intestino do bebê. Logo, a dose estimada absorvida pela criança através do leite materno é inferior a 0,0004% da dose total administrada à mãe”, aponta o médico. Inclusive a quantidade ingerida pelo bebê é muito menor do que a dose permitida para uso em exames de imagem para os próprios recém nascidos.

“Portanto, devido à porcentagem muito pequena de meio de contraste que é excretada no leite materno e muito menor ainda que é absorvida pelo intestino do lactente, e também baseado nos dados disponíveis na literatura médica atual onde nenhuma complicação foi demonstrada, acreditamos que é seguro para a mãe e para o lactente continuar a amamentar normalmente após realizar um estudo de imagem com contraste venoso”, esclarece Dr. Lucilo.

No entanto, para aquelas mamães e pediatras conservadores e que preferem nenhum risco apesar deste ser teórico e remoto, “pode-se desmamar o leite a ser dado nas próximas 24 horas ou lançar mão de fórmulas lácteas infantis pontualmente neste período, o que deve ser decidido em conjunto com o pediatra”, finaliza o médico.

Por: Carol Dias

Fonte: Dr Lucilo Maranhão Neto, médico radiologista da Lucilo Maranhão Diagnósticos

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