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Alimentação é uma das aliadas no tratamento de doença ocular decorrente da diabetes

Frutas e legumes amarelo-alaranjados e vegetais verde-escuros contém carotenoides que quando incluídos na dieta ajudam proteger a retina

Pacientes diagnosticados com a síndrome metabólica, geralmente, tem maior risco de desenvolver diabetes. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), no Brasil há mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a retinopatia diabética, doença ocular decorrente da diabetes, aproximadamente, 7% da população. Quando o assunto é alimentação, normalmente, associa-se a diabetes ao consumo de açúcar, o que é verdade, a taxa de açúcar no sangue deve, realmente, ser controlada. No entanto, outros cuidados alimentares devem ser tomados, principalmente visando às complicações decorrentes da diabetes, como a retinopatia diabética, por exemplo. “A hiperglicemia é o principal fator de risco para a Retinopatia diabética. Atualmente, com as publicações de novos estudos, temos cada vez mais evidências de que os pacientes com acometimento da retina por diabetes apresentam menor quantidade dos carotenoides luteína e zeaxantina”, afirma o Dr. Rony Preti, fundador da Clínica Preti Eye Institue e Professor da Universidade de São Paulo (USP). Estas substâncias podem ser ingeridas por meio do consumo de espinafre, brócolis, ovos, milho pimentão amarelo e goji berri – fruto da planta lycium barbarum.

>O que é retinopatia diabética?

O diabetes é uma síndrome metabólica que está associada a diversas complicações, como por exemplo, a disfunção renal, neural, cardíaca e vascular. O olho é um dos principais órgãos afetados pela doença, podendo atingir pacientes de quase todas as idades. A doença afeta pequenos vasos da retina, formando lesões na região – o que pode causar perda de visão gradual, podendo atingir a cegueira total e irreversível. “A retina é o órgão responsável pelo envio das imagens captadas para o cérebro, por isso, quando doente, o risco de cegueira é grande, como no caso da retinopatia diabética”, destaca o Dr. Preti.

A retinopatia é desenvolvida por diversos fatores, entre eles o descontrole do nível glicêmico e o tempo da diabetes. Hoje, já se sabe que o diabético possui em sua retina uma concentração inferior de carotenoides como a zeaxantina e a luteína – antioxidantes naturais que protegem os olhos dos raios ultravioleta e da chamada luz azul, muito presente em eletroeletrônicos como computadores e celulares”, afirma o oftalmologista.

“O quadro pode ser evitado ou ter sua progressão minimizada com o controle da glicose somado a outros fatores como o reforço dos carotenoides pela alimentação ou por suplementação. Além da consulta regular ao oftalmologista, afinal, uma vez identificada no início, torna-se possível controlar o desenvolvimento da doença”, explica o Dr. Rony Preti.

Existem dois tipos de retinopatia diabética: não Proliferativa, na qual não há perda total da visão, podendo não apresentar sintomas ou, em casos mais graves, a visão pode ficar turva; proliferativa, que é a fase avançada da doença com o aparecimento de novos vasos, podendo gerar diferentes complicações, como hemorragia vítrea, descolamento de retina e glaucoma neovascular, responsáveis pela perda de visão grave. “A retinopatia diabética acomete 30% dos pacientes diabéticos e, aproximadamente, 10% tem a visão ameaçada pela doença”, completa.

>O que são carotenoides? Quais seus benefícios para os diabéticos?

São pigmentos naturais encontrados na natureza, responsáveis pela coloração amarelada e avermelhada das frutas e vegetais. Nos vegetais, funcionam como um dos principais elementos da fotossíntese, uma vez que protegem a clorofila do excesso de luz. No corpo humano, por sua vez, encontra-se dois tipos dessas substâncias na retina: zeaxantina e a luteína. “Não somos capazes de sintetizar estes compostos, por isso é fundamental ingeri-los por meio da alimentação ou suplementação”, afirma o médico.

O especialista explica que todos devem consumir essas substâncias, no entanto, no caso dos diabéticos é ainda mais importante, pois a retina do portador da síndrome tende a ter uma concentração ainda menor de carotenoides na retina, o que deixa os olhos mais expostos à possíveis lesões causadas pelos raios ultravioletas e azuis, podendo contribuir para o aparecimento de doenças como a retinopatia diabética. “O aumento da luteína sérica está associada a 25% de redução do risco de síndrome metabólica”, finaliza.

Por: www.pretieyeinstitute.com.br

Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD),

Dr. Rony Preti, fundador da Clínica Preti Eye Institue e Professor da Universidade de São Paulo (USP).

Transcrito: https://www.revistasuplementacao.com.br/materias/detalhes/3939-alimentacao-e-uma-das-aliadas-no-tratamento-de-doenca-ocular-decorrente-da-diabetes.html

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