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Alergia alimentar ou intolerância: qual a diferença?

Há muita confusão sobre esse assunto por aí. Expert explica o que distingue cada situação

Muitas vezes, nós ouvimos que uma pessoa tem intolerância ao leite quando, na verdade, trata-se de uma alergia. É que os termos – intolerância e alergia – são usados como se fossem sinônimos. E eles não são.

A intolerância alimentar é uma resposta do organismo a um alimento que não é digerido corretamente e pode causar desconforto gastrointestinal, como cólicas, diarreia e flatulência.

Ela é causada pela falta ou insuficiência de uma enzima digestiva que é responsável pela quebra de um componente do alimento.

É o caso da intolerância à lactose, que acontece quando o corpo não produz a enzima lactase, necessária justamente para digerir o açúcar presente no leite.

Alergia e intolerância a alimentos são quadros diferentes, mas que costumam ser confundidos Foto:Reprodução/Internet

Já a alergia alimentar é uma reação imunológica a um alimento específico, que é visto como uma ameaça ao nosso corpo.

É uma resposta exagerada do sistema imunológico e pode ocorrer mesmo com pequenas quantidades do alimento.

Os sintomas de uma alergia alimentar incluem coceira na pele, urticária, vômitos, diarreia e até mesmo anafilaxia – reação alérgica grave e potencialmente fatal.

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Alergias em alta: por quê?

A frequência das alergias, incluindo as alimentares, aumentou exponencialmente nas últimas décadas.

Majoritariamente, as alergias têm herança multifatorial, o que significa que sua origem envolve vários genes e fatores ambientais.

Várias pesquisas alertam que as mudanças drásticas no nosso estilo de vida podem ter contribuído para esse desfecho.

A epigenética é a ciência que investiga como os estímulos ambientais podem ativar determinados genes e silenciar outros, o que tem auxiliado (e muito) nas tentativas de compreensão do desenvolvimento das alergias.

Nesse sentido, o consumo de alimentos ultraprocessados e o uso indiscriminado de antibióticos parecem ser os motivos mais relacionados ao crescimento na incidência das alergias.

É possível, assim, entender o crescimento de alergias a alimentos pouco utilizados no passado, como o amendoim e as castanhas em geral.

O amplo consumo de leites vegetais e cosméticos sem componentes animais podem favorecer a sensibilização em pessoas predispostas a ter alergias.

Foto:Reprodução/iStock

É importante ressaltar que o diagnóstico das alergias alimentares não é simples, e os testes disponíveis avaliam a sensibilização alérgica apenas quando os pacientes apresentam sintomas ao ter contato com o alimento gatilho.

Consultar um médico é importante para confirmar o diagnóstico e receber orientação sobre a melhor forma de lidar com as restrições alimentares.

Por: Carolina Sanchez, pediatra

Fonte: Carolina Sanchez é pediatra especialista em imunologia do Fleury Medicina e Saúde, PhD em alergia e imunologia e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

Transcrito: https://saude.abril.com.br/coluna/com-a-palavra/alergia-alimentar-ou-intolerancia-qual-a-diferenca/

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