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A importância da saúde intestinal: Como ter saúde cuidando do intestino

Saúde intestinal

Há um universo de organismos vivos em seu trato digestivo, e as pequenas criaturas podem fazer muito por você. As células do seu intestino podem fazer tudo, desde deixar você mais feliz até limpar a acne, até consertar problemas auto-imunes – quando eles não estão tentando controlar sua biologia em benefício próprio. Este post é sobre como fazer com que as bactérias do intestino se comportem, para que você possa colher os muitos benefícios de um bioma intestinal equilibrado

Até 100 trilhões de células vivem em seu micro bioma intestinal, formando um mundo que os cientistas ainda estão trabalhando para entender.

O seu micro bioma intestinal é o lar de uma rica variedade de bactérias, vírus e outros micro-organismos, bem como uma grande variedade de fungos que estamos apenas começando a identificar. 100 trilhões de células – são micróbios suficientes para torná-lo o ecossistema bacteriano natural de maior densidade que conhecemos.

Se tudo está indo bem, esses organismos vivem em perfeita homeostase com você, seu hospedeiro. As bactérias intestinais desempenham um papel benéfico em inúmeras funções corporais e podem ajudá-lo a realizar o seu nível máximo, se o tipo certo estiver proliferando no ambiente certo. De regular o seu sistema imunológico para manter o revestimento do seu intestino forte, esses organismos podem ser uma parte de como você assume o controle de sua própria biologia.

Apenas não os deixe fazer isso sem a sua permissão. Quando as bactérias intestinais estão desequilibradas, elas ficam fracas, cansadas e inflamadas – e podem até mudar sua personalidade. É importante saber como hackear esses pequenos, porque eles já estão hackeando seu corpo para sua própria sobrevivência! 🙂

Aqui estão as principais coisas para saber sobre micróbios intestinais:

Alterações intestinais

O intestino é habitado por inúmeras bactérias boas e ruins, e quando estão em desequilíbrio, ocorrem alterações como intestino preso/solto, oscilações de humor, gases e baixa imunidade. Esse desequilíbrio é chamado de disbiose e precisa ser tratado.

Os gatilhos que interferem diretamente na saúde intestinal podem ser identificados ao longo de um consulta ao nutricionista e através de exames. Assim, ajustando a alimentação, incluíndo suplementos e terapias indicadas que atuam no processo de detoxificação.

Alguns dos gatilhos mais recorrentes são:

limentação: uma dieta rica em produtos industrializados, lácteos, carboidratos refinados e gordura saturada levam ao desequilíbrio intestinal. Além disso, alimentos considerados “saudáveis” nem sempre são indicados para todos. Identificamos quais alimentos estão atuando como agentes inflamatórios no intestino através do exame de intolerância e incompatibilidade alimentar.

Medicamentos: alguns medicamentos como antibióticos, pílulas anticoncepcionais, inibidores da bomba de prótons, corticoides, laxantes e anti-inflamatórios são capazes de modificar a microbiota intestinal e manter essa mudança por até 4 anos.

Ausência de nutrientes: fibras, complexo B, zinco, vitamina A, vitamina D e glutamina são alguns nutrientes essenciais para uma boa microbiota intestinal. Eles fornecem energia para as células intestinais, servem de alimentos para as bactérias benéficas, auxiliam na integridade da mucosa e no transito intestinal.

As bactérias intestinais influenciam sua nutrição

As bactérias intestinais produzem e ajudam a absorver nutrientes essenciais. Cerca de 75% da vitamina K produzida em seu corpo a cada dia é produzida pelas bactérias intestinais, com o restante vindo dos alimentos. A vitamina K é uma vitamina lipossolúvel essencial para a coagulação do sangue e a saúde dos ossos.

Como o seu corpo não armazena bem a vitamina K, a fábrica intestinal é crucial para manter os níveis de vitamina K2 ideais.

Suas bactérias intestinais também influenciam fortemente suas vitaminas B, ajudando seu corpo a produzir e absorver a vitamina B12 que você obtém dos alimentos e produz biotina, outra importante vitamina B.

O eixo do intestino-cérebro: conversas entre seu intestino e sua mente

O eixo do intestino-cérebro? Pesquisadores só descobriram recentemente, e é um tema quente na medicina agora. Seus intestinos e cérebro conversam entre si através do sistema endócrino (hormônios liberados na corrente sanguínea) e do sistema nervoso (sinais nervosos acionados no intestino e transmitidos ao cérebro, e vice-versa).

O eixo do intestino-cérebro é um importante sistema de mensagens que supervisiona sua saciedade, ingestão de alimentos, regulação da glicose, metabolismo da gordura, secreção e sensibilidade à insulina e metabolismo ósseo.

Soa como algo que você precisa cuidar corretamente, certo?

Como o intestino afeta a saúde mental?

Não é à toa que alimentação e intestino saudável integram, juntos, aliados à prática de exercícios físicos; qualidade do sono e controle do estresse; e o equilíbrio do corpo e mente.

Tudo está integrado e o intestino, nosso segundo cérebro, tem papel fundamental tanto na saúde física quanto mental!

A função primária do intestino consiste em absorver água e nutrientes no organismo. Por isso é possível compreender a relação profunda que há entre aquilo que ingerimos e a saúde deste órgão.

A perfeita função da barreira intestinal e o equilíbrio da microbiota são requisitos de bem-estar e saúde, pois o intestino é uma importante área de troca do corpo humano com o meio externo, e auxilia a eliminar toxinas do organismo. A começar pela ingestão de fibras, que aceleram a passagem do bolo fecal pelo intestino, a qualidade nutricional é fundamental.

É impossível ter um intestino saudável se a alimentação também não o for: uma coisa é consequência da outra.

Além dessa função, o intestino ainda impacta em muitas outras áreas de nossa saúde, já que é justamente nele em que ocorre a produção da maior parte de serotonina – um importante neurotransmissor a ser utilizada pelo corpo.

Quando liberada no organismo representa importantes funções: atua na regulação do sono, humor e vias sensoriais de nosso corpo, controlando também a sensação de saciedade.

Intestino: uma fábrica de serotonina e dopamina

Aproximadamente 80% de serotonina é produzido pelo intestino.

Justamente por isso, podemos dizer que a depressão começa no intestino, desencadeada pela baixa produção de neurotransmissores como a serotonina e dopamina.

Para produzir serotonina precisamos de triptofano, um aminoácido essencial, ou seja, não produzido pelo organismo. A niacina, vitamina B3 e magnésio também fazem parte do processo.

Para que nosso organismo funcione bem, é importante que entre outros fatores, os níveis de serotonina estejam equilibrados.

Mas como saber se estamos com baixo nível de serotonina? Entre os principais sinais estão baixa na capacidade de concentração, mau humor, crises de insônia e alterações no apetite. Este cenário é um prato cheio para que o gatilho de genes até então inativos como o da depressão possam ser ativados.

Outro neurotransmissor importante é a dopamina. Ela é produzida pelo cérebro e desempenha papel fundamental no comportamento e cognição, humor, sono, aprendizagem, sensação de bem-estar, atenção etc. Ela também estimula a sensação de felicidade diante de situações agradáveis assim como a serotonina.

Podemos dizer que elas trabalham em equipe e manter bons níveis desses neurotransmissores, isso é sinônimo de qualidade na saúde mental.

Quando dizemos que o ser humano deve ser analisado como um todo – corpo, mente e espírito – é porque um organismo sadio é fundamental para uma mente também sã. Se comemos comida pouco saudável, a microbiota é alterada e o corpo inteiro vai sentir esse impacto.

A depressão pode ser multifatorial, mas a influência do intestino é fundamental. E uma dica de como não ativar o gatilho da depressão, doenças autoimunes e tantas outras é: mantenha sempre seu intestino saudável. Alimente-se com qualidade, deixe de lado os produtos industrializados que em nada agregam à saúde.

Além disso, há estudos que já mostram como as bactérias em nosso intestino podem interferir tanto no tratamento quanto no surgimento de doenças como obesidade, psoríase, ansiedade, câncer e diabetes.

Prevenção da diabetes tipo 2

Estudo feito com ratos mostrou que o transplante de uma flora intestinal saudável pode trazer alterações de peso, ou seja, a macrobiota intestinal importa muito na nossa saúde.

Em um desses estudos mostra que uma flora intestinal saudável produz substâncias que influenciam diretamente na ação da insulina.

A ação da insulina é jogar a glicose para dentro das células para que seja usada como energia. Quando a função da insulina está prejudicada, acontece um quadro que se chama resistência à insulina.

A glicose que sobra gera acúmulo de gordura, aumento de peso e perigo de desenvolvimento de diabetes tipo 2. Acredita-se que como a flora intestinal atua na ação da insulina, quando ela está desequilibrada, também pode dificultar essa ação.

Portanto pode-se concluir que o esforço para manter a macrobiota intestinal saudável pode ser uma maneira de prevenir a diabetes tipo 2. Muitos estudos ainda devem ser feitos para comprovar melhor essa relação, mas a noção de que isso é possível já salta aos olhos no momento em que podemos contribuir para que isso aconteça desde já no nosso corpo.

É apenas uma possibilidade, mas é uma medida bem fácil de adotar, cuidar da flora intestinal é básico, é um fator inclusive de qualidade de vida, que todo mundo deve estar atento.

Probióticos

Os probióticos são essenciais para manter a boa saúde digestiva e intestinal, previne doenças e auxilia na saúde de outras áreas.

Eles estão presentes em alimentos naturais; por isso vamos falar sobre os alimentos que são ricos em probióticos, e como a falta deles no organismo pode ser prejudicial.

Os chamados probióticos ou lactobacilos são microorganismos vivos, que compõe a microbiota natural do intestino e ajudam no bom funcionamento do órgão e na composição da barreira intestinal. Ou seja, eles atuam no processo de assimilação das vitaminas e minerais de tudo o que comemos, além de nos proteger de possíveis infecções.

Já os prebióticos englobam as fibras que não são digeridas na digestão, mas ajudam no processo de fermentação no intestino, estimulando assim a multiplicação dos lactobacilos. Estes elementos melhoram o funcionamento intestinal, o aproveitamento dos nutrientes, contribuem para o controle na absorção lipídica o que pode ocasionar na redução do colesterol.

Quem procura uma dieta rica em prebioticos, os frutoologosacarídeos (FOS) e a inulina são a resposta. Os FOS são obtidos a partir da hidrólise da inulina, e estão presentes em alimentos de origem vegetal, como cebolas, alhos, tomates, bananas, cevadas e aveias. Já a inulina, que é um polímero de glicose extraído principalmente da raiz da chicória, se encontra também no alho, cebola, aspargos e alcachofra. Além disso, a inulina extraída da chicória é produzida comercialmente e pode ser consumida como substituto do açúcar, por conter de 1 a 2 kcal/g e também é encontrada no alho-porró representando cerca de 18-60% da matéria seca. O FOS pode ser encontrado em quantidades expressivas em alimentos como banana, raízes de almeirão, beterraba e na raiz de yacon, além dos já citados.

Tanto os prebióticos e probióticos são benéficos em casos de diarreia, constipação e processos inflamatórios, contribuindo para a preservação da integridade intestinal. Pacientes que possuem síndrome do intestino irritável também pode se beneficiar destas substâncias.

Se você tiver uma dieta equilibrada e incluir alimentos probióticos e prebióticos, é possível restabelecer microbiota com microorganismos benéficos, promovendo o equilíbrio intestinal e a integridade da mucosa, o que traz como resultado o equilíbrio funcional do organismo!

Alimentos Ricos Em Probióticos

1.Kefir: Semelhante ao iogurte, o Kefir é uma combinação única de leite e grãos de kefir. Ele possui um sabor ligeiramente azedo e contém entre 10 a 34 variedades de probióticos. Kefir é semelhante ao iogurte porque é fermentado com levedura e bactérias, mas o produto final é maior em probióticos. Você pode substituir o leite de vaca pelo iogurte de kefir, em preparações como cream chesse caseiro, panquecas, queijo, sorvetes e muito mais. Inclusive ele pode ser consumido por algumas pessoas que são intolerantes à lactose.

2.Vegetais Cultivados (Chucrute): Feito de repolho fermentado e outros vegetais, o chucrute possui probióticos e é rico em ácidos orgânicos, que dão ao alimento seu gosto azedo e melhoram a digestão. Além de prevenir doenças como o colesterol ruim. O que inclui também o picles.

3.Vinagre De Maçã: Ótimo para controlar a pressão arterial, colesterol, diabetes e até mesmo perda de peso, o vinagre de maçã possui vários benefícios para a saúde.

4. Chocolate Amargo: O chocolate amargo que possui uma maior concentração de cacau (a partir de 70%) é rico em probióticos e prebióticos. O recomendado é que seja consumido ao menos 4 tabletes de chocolate ou de duas colheres de cacau em pó. Ele ajuda a manter a saúde intestinal, prevenindo o intestino preso e aumentando os agentes anti-inflamatórios. Claro, além de ser um alimento termogênico.

5. Ervilhas Verdes: Elas possuem um poderoso probiótico que se desenvolve mediante baixas temperaturas. Cuidam da sua saúde digestiva, imunidade e limpam o organismo de toxinas.

6. Kimchi: Kimchi é um prato oriental, comum na culinária vegana. Preparada com pasta de pimenta vermelha, camarão salgado ou pó de algas. De acordo com pesquisas, além de cuidar do seu intestino, esse prato ainda ajuda no emagrecimento natural. Porém, certifique-se que esteja livre de conservantes, soja e outro alimentos prejudiciais.

7. Azeitonas Verdes: As azeitonas passam por uma fermentação natural, quando são deixadas na água salgada. Podem ser consumidas inclusive, por pessoas que sofrem de síndrome do intestino irritável.

Boa saúde intestinal é a chave para hackear seu relógio biológico

A boa notícia é que você pode controlar seu relógio biológico e conter a inflamação por conta própria. A chave? Um intestino saudável. Considere o fato de que seu intestino abriga uma variedade de microorganismos. Você quer manter seus níveis sob controle para que você não tenha um crescimento excessivo de um tipo em particular.

Um intestino desequilibrado desencadeia inflamação em todo o sistema, levando a uma série de problemas, incluindo dor, distúrbios de humor, insônia – e sim, ritmos circadianos fora de sintonia.

Sua capacidade de combater doenças começa em seu intestino. Aproximadamente 70% das células do sistema imunológico do seu corpo vivem em seus intestinos, e o contato com o seu microbioma “programa” suas células imunológicas para que se comportem de uma determinada maneira antes de entrarem em circulação.

Por exemplo, as células do sistema imunológico chamadas de células T podem suprimir a inflamação ou promovê-la, dependendo se o seu intestino está prosperando ou desequilibrado. O microbioma começa a treinar células do sistema imunológico ao nascer e continua a ajudar o desenvolvimento do sistema imunológico a distinguir entre bactérias amigáveis ​​e prejudiciais.

O “treinamento” inicial pode ajudar seu sistema imunológico a funcionar adequadamente por toda a vida. Por outro lado, pessoas com menor exposição à microbiota intestinal (por exemplo, como resultado de um único uso de antibióticos ou de carne não orgânica contaminada com antibióticos) têm maior probabilidade de desenvolver doenças, especialmente alergias e asma.

Sua saúde intestinal é mais um motivo para usar antibióticos com cautela e evitar carnes produzidas industrialmente. Prefira carne alimentada com capim do gado.

Disbiose: o microbioma intestinal fora de equilíbrio

É um equilíbrio delicado em seu intestino – e quase nunca um perfeito. De fato, não temos idéia de como seria a aparência perfeita, dado que o uso extensivo de antibióticos e herbicidas alterou para sempre a paisagem microbiana da geração atual.

A composição e saúde geral do microbioma intestinal (e como isso faz você se sentir) mudará com mudanças na dieta, períodos de doença, períodos de consumo de álcool ou uso de drogas, estresse, peso corporal, idade e exposição a novos ambientes no exterior, por exemplo).

Dadas as funções importantes do seu microbioma intestinal, não é difícil imaginar o caos biológico que pode resultar quando as coisas no intestino estão desequilibradas. Um corpo significativo de pesquisa demonstra a ligação entre o desequilíbrio da bactéria intestinal (disbiose) e muitas doenças comuns na sociedade ocidental.

Na verdade, é difícil encontrar uma condição que não esteja de alguma forma ligada à saúde intestinal.

Por: Mind set de saude

Transrito: https://mindsetdesaude.com/a-importancia-da-saude-intestinal/

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