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A dieta deve mudar de acordo com cada fase do treinamento diz Nutricionista

Comer faz parte do treino: nutricionista Cris Perroni explica que a alimentação e a suplementação devem ser periodizadas em função do momento, planilha e objetivo específico de cada atleta

A nutrição de um atleta, seja ele profissional ou amador, precisa ser individualizada de acordo com sua história clinica, estilo de vida, objetivos, planilha de treinos, calendário de competições, entre outras coisas. Com isso, além do planejamento específico de cada atividade esportiva, as estratégias nutricionais de alimentação e suplementação devem ser periodizadas para cada uma das fases de treinamento. Por isso, consultar um nutricionista esportivo que adeque a dieta a cada momento é fundamental. O treino tem por objetivo gerar mudanças agudas e adaptações crônicas em nosso corpo, através da variação de volume e intensidade e a dieta precisa estar direcionada para potencializar essas adaptações, definindo quais nutrientes devem ser ingeridos e em que momento. Entenda.

As fases do treinamento e a alimentação

Cada fase do treinamento exige uma estratégia nutricional — Foto:  Internet

– Fase de base

Fase inicial do treinamento. Pode envolver força, resistência, flexibilidade, técnica específica da modalidade, melhorar a composição corporal (aumento da massa muscular e redução de gordura corporal), adequação do peso e melhorar o condicionamento físico e a economia de movimento. As estratégias nutricionais vão variar de acordo com os objetivos.

Se houver necessidade de redução de peso e da gordura corporal, há necessidade de restrição energética e pode ser feita alteração na distribuição dos macronutrientes, como por exemplo, periodizando dieta low carb (40 a 45% de carboidratos | 30 a 35% de gorduras | 20 a 25% de proteínas).

Jejum intermitente e estratégia training Low (treinar com uma baixa quantidade de carboidratos) também podem ser realizadas nesta fase com menor volume para gerar algumas adaptações nas atividades de endurance, como aumento da biogênese mitocondrial (aumento na quantidade e qualidade funcional de mitocôndrias do tecido muscular) e da oxidação de ácidos graxos.

– Fase de preparação específica

A dieta deve estar adequada para fornecer energia, macro e micronutrientes; manter o atleta treinando por mais tempo e suportar os “longões”; evitar ou retardar a fadiga e acelerar a recuperação muscular. Para cada tipo de treino (curto, intervalado, alta intensidade, longão) é preciso individualizar dieta e suplementação.

– Fase de polimento

Há redução do volume e aumento ou manutenção da intensidade dos treinos. A ingestão energética deve ser revista, para evitar ganho de peso, acelerar a recuperação muscular, evitar overtraining e reduzir o risco de lesões.

– Fase de competição

É o momento de definir as estratégias nutricionais para a prova. Na semana que antecede a competição, deve-se:

1. Dar preferência para uma alimentação com maior potencial anti-inflamatório;

2. Fazer o carregamento de carboidratos (48 a 72 horas);

3. Definir a alimentação e suplementação pré-competição e as estratégias nutricionais que serão utilizadas durante a prova.

4. Tudo que for consumido durante a competição deve ter sido antes testado durante os treinos.

– Fase de transição

Período após competição. É preciso adequar a dieta para o período de descanso ou de redução dos treinos.

Comer faz parte do treino

A periodização nutricional precisa estar sincronizada a planilha de treinos do atleta, para cada fase e objetivo específico do treinamento. Comer faz parte do treino. É necessário treinar estômago e intestino a receber nutrientes.

Por: Cris Perroni – Rio de Janeiro

Fonte: Cris Perroni, Nutricionista formada pela UFRJ, pós-graduada em obesidade e emagrecimento, com especialização em nutrição clínica e em nutrição esportiva

Transcrito: https://ge.globo.com/eu-atleta/nutricao/post/2021/09/27/a-dieta-deve-mudar-de-acordo-com-cada-fase-do-treinamento.ghtml

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