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10 mitos e verdades sobre o gengibre

O gengibre é um dos grandes queridinhos quando o assunto é medicina natural. Pudera: há cinco mil anos ele já era usado na Ásia para fins médicos e culinários. De lá, ele veio para o nosso prato e, claro, para a listinha de remédios caseiros da vovó. Essa belezinha é fonte de vitamina A, C, E e complexo B, magnésio, fósforo, potássio, silício, sódio, ferro, zinco, cálcio e betacaroteno – o que justifica tantos benefícios, não é mesmo? Contudo, sua popularidade é proporcional à polêmica de seu uso. Afinal, gengibre ajuda a emagrecer? Grávidas podem consumir gengibre? Desvende esses e outros mitos a seguir.

1. Gengibre ajuda a emagrecer.

Verdade. Ele é termogênico – ou seja, aumenta a temperatura corporal, levando à aceleração o metabolismo que, por sua vez, promove maior queima de gordura. Além disso, estimula o funcionamento das enzimas do fígado, ajudando a eliminar toxinas e a causar sensação de saciedade. “Ele tem maior eficácia em forma de chá 30 minutos antes dos exercícios”, ensina nutricionista Giselle Barone, da Clínica Harmonia Corpo e Alma, de São Paulo. E ela tem respaldo da ciência: um estudo publicado no Journal of Fitness and Exercise apontou que, quando combinada a treinos de força, ela se torna ainda mais poderosa justamente graças à sua ação termogênica. Para que se tenha ideia, os participantes da pesquisa eliminaram uma média de 4,1 kg de gordura do corpo em 10 semanas.

2. Gengibre faz mal para o estômago.

Mito. Aliás, a raiz é ótima para aliviar dores de estômago, pois relaxa os músculos gastrointestinais, e combater a formação de gazes e inchaço, podendo aliviar os vários sintomas de uma intoxicação alimentar, por exemplo.

3. Gengibre ajuda a aumentar o rendimento e reduz a dor pós-treino

Verdade. Um estudo publicado no The Journal of Pain descobriu que esse superalimento reduz a dor e auxilia a recuperação muscular, aumentando o rendimento no treino, graças ao seu alto poder anti-inflamatório. “Para aproveitar esse benefício, indico adicioná-lo em uma vitamina ou suco verde para beber depois do treino”, ensina Rita Cherutti, nutricionista esportiva da New Millen (SP). A profissional indica o consumo de duas lascas finas ao dia, que caem bem em chás, peixes e frango.

4. Gengibre turbina o sistema imunológico.

Verdade. Além das propriedades antivirais, antifúngicas e bactericidas, essa belezinha é fonte de vitamina C e do complexo B, que dão uma força especial à imunidade. Quer fugir de gripes e resfriados? Então, conte com o gengibre!

5. Gengibre piora a enxaqueca.

Mito. O gengibre bloqueia a síntese da prostaglandina, substância que é produzida quando o organismo passa por algum processo de inflamação (a enxaqueca é uma inflamação, sabia?) e causadora da sensação de dor. “Use o chá de gengibre durante crises de enxaqueca para bloquear a dor e acabam com as tonturas e náuseas associadas”, indica Giselle.

6. Gengibre alivia dores em geral.

Verdade. E até cólicas menstruais! Assim como no caso da enxaqueca, o efeito benéfico se deve às propriedades anti-inflamatórias e analgésicas da raiz, que também ajudam a tratar dores associadas à gota, artrite reumatoide e osteoartrite. “Para aliviar dores musculares e nas articulações, adicione algumas gotas de óleo essencial de gengibre no seu banho”, ensina a nutricionista.

7. Gengibre combate o mau hálito.

Verdade. Ele funciona como um adstringente e antisséptico natural, então, vale desde carregar balinhas de gengibre na bolsa até consumir um pedacinho ou um chá. Porém, lembre-se que nada substitui uma higiene bucal adequada, ok?

8. É preciso consumir muito gengibre para adquirir seus benefícios.

Mito. O consumo máximo recomendado é de 3 gramas diárias, o que pode ser obtido em dois pedacinhos de cerca de 3 centímetros ralados e adicionados a sucos ou em uma jarra de água, rendendo uma água aromatizada deliciosa. É importante se ater a essas quantidades, pois é muito comum que se consuma a raiz em excesso para acelerar o emagrecimento. Não faça isso, senão, você corre o risco de ter náuseas, azia e irritação na boca.

9. Gestantes não podem consumir gengibre.

Depende. Nos três primeiros meses de desenvolvimento do feto, sim, pois a raiz pode provocar contrações prematuras e até aborto espontâneo. Contudo, a The American Pregnancy Association (Associação Americana da Gravidez, organização que promove o bem-estar entre grávidas) defende que sua versão in natura é segura nos trimestres seguintes, inclusive ajudando a tratar dos típicos enjoos matinais. Na dúvida, sempre procure seu médico!

10. Gengibre é contraindicado para hipertensos.

Verdade. Ao acelerar o metabolismo, o gengibre aumenta a vasodilatação, podendo levar ao descontrole da pressão arterial. Já quem toma medicações para combater o mal pode sofrer com quedas súbitas de pressão ou batimentos cardíacos irregulares. Hemofílicos também devem evitar porque o gengibre tem propriedades anticoagulantes e, nessas pessoas, isso pode causar sangramentos.

Por: Ingrid

Fonte: Giselle Barone,nutricionista da Clínica Harmonia Corpo e Alma, de São Paulo

Rita Cherutti, nutricionista esportiva da New Millen (SP)

Transcrito: http://dietaja.uol.com.br/10-mitos-e-verdades-sobre-o-gengibre/

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