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Como escolher Ovo de Páscoa saudável; veja dica

Saiba quais os melhores e piores ingredientes e aprenda a diferenciar os chocolates para fazer boas escolhas e não prejudicar tanto a saúde

Escolher o Ovo de Páscoa pode ser uma missão difícil, não apenas por causa dos preços elevados, mas também em razão das dúvidas sobre a qualidade nutricional dele, principalmente para quem, durante o restante do ano, segue uma dieta e cuida bem da saúde. Por isso, saber escolher Ovo de Páscoa saudável é importante nesta época em que o consumo de chocolate explode no Brasil.

Ler os rótulos com atenção é o passo essencial para se fazer boas escolhas. O chocolate em si não é um vilão, se consumido com moderação e com altas doses de cacau – acima de 70% é o ideal. Entretanto, dá para minimizar os estragos provocados por outros ingredientes utilizados na produção do ovo mais desejado da Páscoa.

Ovo de Páscoa: aprenda a escolher opções saudáveis — Foto: (Reprodução/Internet)

— Opte por ovos feitos com chocolate de qualidade, preferencialmente com maior teor de cacau. Quanto mais cacau, menor será o teor de açúcar e maior será o de antioxidantes. Escolha ovos que são feitos com ingredientes naturais e de origem sustentável, evitando todo e qualquer chocolate com óleo de palma na composição. Evite também produtos de origem duvidosa em que a marca ou o fabricante não forneça informações claras sobre a origem dos ingredientes usados — recomenda a nutricionista Letícia Canelada.

Ela, porém, faz a ressalva de que o consumo de chocolate nesta época não é capaz de estragar o cuidado do ano inteiro.

— A dica mais importante de todas é escolher aquele ovo que você gosta e tem prazer em comer. Se o que te agrada é o ovo de chocolate branco e não o amargo, está tudo bem… Coma um pouco por dia e aproveite essa época do ano. Ovos de Páscoa estão longe de serem nutritivos para o corpo, mas podem fazer um bem danado para a mente. Não é um único Ovo de Páscoa que prejudicará toda a sua saúde. Faça com que a sua relação com a comida seja leve.

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Dicas para escolher Ovo de Páscoa saudável

– Opte sempre pela maior quantidade de cacau possível na composição; isso deixará o produto amargo, mas também mais saudável;

– Dê preferência a ovos produzidos com ingredientes naturais e de origem sustentável;

– Comprar ovos artesanais pode ser uma boa, porque normalmente são feitos com ingredientes de melhor qualidade do aqueles produzidos em escala industrial, além de não terem aditivos e conservantes;

– Outra vantagem de ovos artesanais é que a produção, se personalizada, pode atender a restrições alimentares específicas, como alergia à proteína do leite de vaca, intolerância à lactose e sensibilidade à caseína A1;

– Se o rótulo não der informações claras sobre os ingredientes e a tabela nutricional, é melhor não comprar;

– Lendo o rótulo, prefira o produto que tiver o menor número de aditivos e conservantes.

— Sejamos realistas, não há uma quantidade específica recomendada a respeito de calorias, gorduras e açúcares para os ovos de Páscoa. No entanto, é importante ter consciência na hora consumir, afinal, tanto os artesanais quanto os industrializados engordam, já que as calorias são as mesmas — ressalta a nutricionista.

— Ao pensar na composição de um bom chocolate, esperamos encontrar massa de cacau, manteiga de cacau e açúcar. Quanto maior for a presença de cacau, mais amargo e melhor será o chocolate. Afinal, o cacau tem efeito benéfico sobre a saúde cardiovascular, além de melhorar a função cognitiva. Portanto, na hora de escolher o ovo de Páscoa, opte por versões mais amargas e evite as que substituem a manteiga/massa de cacau por gordura de palma, por exemplo.

Ingredientes que devem ser evitados

Foto: (Reprodução/Internet)

Deve-se sempre optar pelo Ovo de Páscoa com menor número de aditivos e conservantes. Confira a seguir quais são os ingredientes nocivos mais comuns e que, portanto, devem ser evitados.

Xarope de milho com alto teor de frutose (HFCS): adoçante muito usado em produtos processados e está associado a um maior risco de obesidade, resistência à insulina e outras condições de saúde;

Maltitol: é um poliol muito utilizado para adoçar produtos vendidos como sem açúcar e, realmente, os produtos são sem açúcar, mas de nada adianta retirar o açúcar e adicionar um adoçante que o impacto glicêmico é similar ao do açúcar. Você paga mais caro pelo produto que é vendido como sem açúcar, sendo que o efeito no organismo acaba sendo similar à versão tradicional e, de quebra, o consumidor pode apresentar distensão abdominal, gases, diarreia e até mesmo dores de cabeça;

Gordura trans: o consumo eleva os níveis de LDL, o famoso “colesterol ruim”, e reduz os níveis de HDL, o “colesterol bom”. Hoje, já sabemos que é necessário avaliar a funcionalidade do HDL, ou seja, nem sempre adianta o nível estar nas alturas se for um HDL oxidado que não está cumprindo com a função cardioprotetora. Todavia, considerando que a gordura trans é encontrada em margarinas, sorvetes, biscoitos, bolos, salgadinhos, pipoca de microondas e afins, é mais do que óbvio que o consumo deve ser esporádico. Afinal, a base de uma dieta deve ser comida de verdade;

Corantes artificiais: corantes como tartrazina (E102) e caramelo IV podem causar reações alérgicas, além de aumentar o risco para o desenvolvimento de câncer devido à formação de subprodutos que são prejudiciais à saúde;

Conservantes BHT (butil-hidroxitolueno) e BHA (butil-hidroxianisol): esses conservantes são adicionados a muitos alimentos processados para prolongar a vida útil e foram associados a efeitos adversos à saúde, incluindo distúrbios hormonais e câncer (em estudos com animais);

Aromatizantes artificiais: usados para imitar sabores naturais, mas podem conter substâncias químicas que são prejudiciais à saúde. Portanto, podendo evitar, evite.

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Bons ingredientes a serem valorizados

Por outro lado, há ingredientes que devem ser valorizados, pois não são prejudiciais à saúde.

. Cacau orgânico: ao optar por produtos com cacau orgânico, você garante que o seu cultivo ocorreu sem o uso de pesticidas, sintéticos, herbicidas e/ou fertilizantes químicos;

. Açúcar de coco: menos refinado do que o açúcar de mesa, mas ainda segue sendo açúcar. Portanto, é importante controlar a quantidade. Todavia, melhor consumir em pequena quantidade algum produto com açúcar do que optar por um adoçado com maltitol que prejudica a saúde intestinal;

.Extratos naturais: um exemplo vem a ser o de baunilha, que é usado para dar sabor aos alimentos sem adicionar produtos químicos
artificiais;

. Manteiga de cacau, óleo de coco, manteiga ou azeite de oliva: são gorduras saudáveis e melhores alternativas do que óleos vegetais refinados, como óleo de soja ou óleo de canola.

Quais as diferenças entre os tipos de chocolate

Imagem: (Reprodução/Internet)

O que diferencia os tipos de chocolate são a composição deles e a quantidade de cacau utilizado.

Chocolate amargo: com mais de 70% cacau, tem composição bem enxuta – massa de cacau, manteiga de cacau e açúcar -, é uma opção rica em antioxidantes e apresenta menor teor de açúçar, além de ser ótimo para controle dietético e para quem é intolerante à lactose ou possui sensibilidade à caseína e/ou é APLV.

Chocolate meio amargo: contém cerca de 40% a 60% de cacau e é menos doce do que o ao leite, portanto, com sabor mais intenso, fornecendo maior quantidade de antioxidantes, como flavonoides e polifenóis;

Chocolate ao leite: produzido com a menor proporção de cacau, tem ainda leite em pó e açúcar e é a versão mais calórica, com alto teor de gordura saturada e açúcares;

Chocolate branco: produzido com manteiga de cacau, em lugar da massa de cacau, leite e açúcar. E é também a versão mais calórica, com muita gordura saturada e açúcar.

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Por: Redação do EU Atleta — São Paulo

Fonte: Letícia Canelada é nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/SP. Formada pela Universidade São Camilo, com especialização em Nutrição Clínica Funcional e Genômica Nutricional na Prática Clínica. Atua em casos de emagrecimento, hipertrofia, síndrome metabólica, doenças autoimunes, transtornos alimentares, reeducação alimentar e qualidade de vida.

Transcrito: https://ge.globo.com/eu-atleta/nutricao/noticia/2024/03/28/ovo-de-pascoa-2024-saudavel-como-escolher-veja-dicas.ghtml

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