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Por que a gente engorda? Descubra!

Descubra por que a gente engorda e saiba como funciona o processo de emagrecimento para perder peso de maneira saudável e sem sofrer com o vaivém do ponteiro na balança!

O Ministério da Saúde adverte: o Brasil está ficando cada vez mais obeso. Segundo um balanço divulgado, foi revelado que mais da metade da população encontra-se acima do peso. De acordo com as autoridades da área, a culpa é da comida em excesso e do comportamento sedentário, ou seja, ingerimos mais calorias do que gastamos. Mas esses não são os únicos motivos que levam alguém a engordar. Fatores genéticos, ambientais e até emocionais ou psicológicos também são decisivos. Por isso, vale procurar um médico endocrinologista para averiguar o que, de fato, tem feito você engordar ou a está impedindo de emagrecer.

A obesidade tem base genética e ambiental. Em ambos os casos é possível emagrecer, desde que haja mudanças dos hábitos alimentares e do estilo de vida, como a prática de atividade física orientada por profissionais de saúde”, explica Maria Angela Zaccarelli Marino, professora de endocrinologia da Faculdade de Medicina do ABC (SP).

Feitos os devidos exames e uma análise clínica para definir quais hábitos de vida podem estar prejudicando a boa forma da paciente, o médico irá propor uma dieta adequada a cada caso, com ou sem o auxílio de remédios.

Profissionais das áreas de nutrição e educação física também podem colaborar para essa mudança de lifestyle indicando opções nutritivas de cardápio e séries fitness para tirar a pessoa do sedentarismo. Segundo Maria Angela, 30 minutos de caminhada por dia são fundamentais para a saúde, pois melhoram a gordura da cintura (visceral), o estado emocional, aumentam o bom colesterol e ainda ajudam a controlar a pressão arterial.

Os cientistas já sabem que há mais de 100 genes associados ao peso corporal. Eles atuam principalmente pelo sistema nervoso e afetam alguns aspectos da ingestão alimentar e do gasto energético. Neste ano, Rudolph Leibel, pesquisador da divisão de Genética Molecular da Universidade de Colúmbia (EUA), descobriu que em algumas populações acontecem mutações de um gene em especial: o MC4R, responsável por transmitir ao cérebro a informação de que o corpo deve comer menos e gastar mais energia.

Em outras palavras: quando ele para de agir corretamente, há um desequilíbrio e o resultado são quilos a mais na balança. “Mas, mesmo quando há predisposição genética ao aumento de peso, a combinação de outros fatores pode impedir que ela prevaleça”, ressalta Ricardo Abdalla, cirurgião do Hospital Sírio-Libanês (SP). “Os genes podem até determinar o gosto por atividade física, maior ou menor ação do metabolismo e controle da fome”, completa Daniel Lerário, endocrinologista do Hospital Albert Einstein (SP).

Mas será que é possível mudar a ação genética para chegar ao peso ideal? Lerário não descarta a hipótese. “Talvez seja difícil modificar os genes, mas a ciência descobrirá aos poucos o que leva as pessoas a engordar e, assim, criará mais alternativas terapêuticas.” Para Luciano Giacaglia, endocrinologista do Hospital das Clínicas (SP), enquanto esperamos pelas novas descobertas, é preciso investir em hábitos saudáveis e ter uma alimentação equilibrada.

O VAIVÉM DOS QUILINHOS

Você já deve ter percebido que há uma infinidade de opções de dietas por aí — algumas alternativas e outras já referendadas por estudos científicos. Mas, seja qual for o plano nutricional escolhido, é importante lembrar que aqueles regimes que fazem a pessoa passar fome, principalmente se forem adotados por um longo período de tempo, nunca são bem-vindos, pois comprometem a saúde e geralmente acabam provocando o temido ‘efeito sanfona’.

No livro O Peso das Dietas, a nutricionista francesa, naturalizada brasileira, Sophie Deram vai além e afirma categórica: “Dietas restritivas só ajudam a engordar”. Ela lembra que 95% das pessoas voltam ao peso inicial depois dos regimes, e defende a reeducação alimentar como o melhor caminho para emagrecer de forma saudável. “Obesidade é o acúmulo de excesso de gordura em tal extensão que a saúde pode ser negativamente afetada, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). E emagrecimento é quando esse excesso diminui sem afetar a saúde”, lembra Maria Angela.

Além da predisposição para oscilações de peso, sexo e idade, o vaivém dos quilinhos extras acontece com maior frequência em pessoas que são adeptas de dietas radicais, porque elas provocam no organismo uma redução do hormônio leptina (responsável pela saciedade) e um aumento de grelina (encarregada de estimular o apetite). “Como os dois atuam na regulação do metabolismo, isso acaba favorecendo o efeito sanfona. Ou seja, você fica mais suscetível à gula. Além disso, devido à falta de alimento, o organismo desenvolve um mecanismo de defesa que facilita o ganho de peso”, explica Luciano Negreiros, autor do livro Emagrecimente. E assegura: “Não adianta emagrecer o corpo sem mudar a cabeça. Se não modificar o pensamento, você pode engordar de novo e até mais”. Fica o alerta.

Por: Evelyn Cristine

Fonte:Maria Angela Zaccarelli Marino, professora de endocrinologia da Faculdade de Medicina do ABC (SP).

Rudolph Leibel, pesquisador da divisão de Genética Molecular da Universidade de Colúmbia (EUA),

Daniel Lerário, endocrinologista do Hospital Albert Einstein (SP).

Luciano Giacaglia, endocrinologista do Hospital das Clínicas (SP

Luciano Negreiros, autor do livro Emagrecimente

Transcrito:http://dietaja.uol.com.br/por-que-a-gente-engorda-descubra/

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