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Mulheres assumem o papel de cuidar da saúde dos homens

banner-de-dentro-dos-postsA campanha Novembro Azul exerce um papel fundamental na hora de conscientizar o sexo masculino sobre a ida ao médico

Já se sabe que as mulheres se preocupam mais com a saúde, hábitos saudáveis e prevenção de doenças que os homens. Este é um costume antigo que vem dos primórdios, onde a mulher era responsável por cuidar da família e o homem tinha o dever de prover a casa. Os tempos mudaram, mas o hábito se perpetuou. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 51% dos homens nunca consultaram um urologista, por exemplo. Por isso, até hoje em dias elas assumem o papel das principais incentivadoras dos maridos, amigos e familiares a irem ao médico regularmente.

Essa cautela, além de garantir uma melhor qualidade de vida, pode promover um diagnóstico antecipado de doenças e aumentar as chances de cura. Foi com essa finalidade que surgiu o Novembro Azul. A campanha tem o objetivo de chamar a atenção dos homens para cuidar da própria saúde, para que a precaução não dependa apenas das mulheres. Com foco no câncer de próstata, o movimento visa mudar o paradigma em relação à consulta médica e ao famigerado exame do toque, que é um dos procedimentos fundamentais para identificar a doença.

“O câncer de próstata é o segundo câncer mais recorrente entre os homens e ele não apresenta sintomas na fase inicial. Por isso a prevenção e rastreio é muito importante a partir dos 45 anos”, explica o urologista Guilherme Maia. O médico ressalta ainda que os pacientes que tiverem casos em familiares de primeiro devem se consultar anualmente a partir dos 35 ou 40 anos, porque a genética é um fator de risco.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa de novos casos da doença chega a 69 mil por ano, ou seja, 7,8 novos diagnósticos a cada hora. A resistência que os homens têm em ir ao médico e o preconceito com o exame de toque são as principais barreiras que impedem a redução desse índice. “Esse receio é uma questão totalmente cultural. Muitas vezes o médico nem precisa realizar o procedimento. Antes disso, solicitamos o exame de PSA, feito no sangue, e se necessário, requisitamos o toque. Mas, os homens têm tanto medo que nem procuram saber disso”, afirma. “Além disso, o teste não interfere na vida sexual do homem. É uma técnica simples, que demora apenas 10 segundos”, revela o especialista.

Nesse sentido, as mulheres desempenham um papel de apoio ao medo masculino e os incentivam a procurar um acompanhamento médico, encorajando-os para que cuidem da saúde. “Contudo, isso não é o ideal. A meta é fazer com que os homens se conscientizem da importância de ir ao especialista regularmente para checar se tudo está ok, porque além da próstata é preciso estar atento a outras doenças como câncer de pênis, testículos, rim, bexiga, entre outras”, finaliza.

Por:Manu Ferreira

Fonte: Guilherme Maia, urologista

Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)

Instituto Nacional do Câncer (Inca)

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